Governo espanhol forma consórcio com empresas públicas e privadas para participação da licitação do trem de alta velocidade brasileiro, em agosto
O governo espanhol está montando um consórcio com empresas públicas e privadas para participar da licitação do trem de alta velocidade (TAV), ou trem-bala, que ligará as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. A afirmação foi feita ontem, em São Paulo, pela ministra de Fomento da Espanha, Ana Pastor Julián. Segundo a ministra, o grupo será formado apenas por empresas espanholas. O edital prevê que as ofertas sejam apresentadas até 13 de agosto.
“Queremos apresentar um projeto que seja muito competitivo e sobretudo que dê soluções adequadas aos problemas do transporte no Brasil”, afirmou Ana Pastor. A Espanha, que passa por uma das piores crises econômicas de sua história, vê oportunidades de investimentos no Brasil também nas áreas de aeroportos, rodovias e ferrovias (leia abaixo).
No caso do trem-bala, a participação inicial do governo espanhol será por meio das empresas publicas de operação ferroviária Renfe e do Administrador de Infraestruturas Ferroviárias (Adif). Entre as empresas privadas que podem entrar no grupo está a fabricante de trens Talgo.
“Somos capazes de oferecer a operação completa, desde as obras civis até a tecnologia, a parte de eletrificação, segurança e controle”, disse a ministra. Além da Espanha, estão interessados no leilão consórcios de empresas da França (com provável participação da Alstom e SNCF), do Japão (liderado pela Mitsui), da Alemanha (com Siemens à frente) e Coreia.
Ana Pastor ressaltou ainda a experiência da Espanha, que tem rede com 13,9 mil km de vias férreas, dos quais 2,9 mil km são de alta velocidade, “a segunda maior do mundo, depois da China”. Ela lembrou que a primeira linha de alta velocidade espanhola, entre Madri a Se-vilha, completou 21 anos.
A ministra participou ontem de um café da manhã com empresários organizado pela agência espanhola de notícias EFE. A tarde, reuniu-se em Brasília com o ministro dos Transportes, César Borges, com o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, e com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos.
Segundo a ANTT, a obra do trem-bala deve envolver recursos de R$ 35 bilhões.
Modelo. Hoje, a ministra tem encontros com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, e o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Leônidas de Menezes Cristino. À tarde, retoma para a Espanha.
Julio Gómez-Pomar Rodriguez, presidente da Renfe - que opera 300 trens de alta velocidade de diferentes companhias -citou como modelo o projeto Meca-Medina, que está em fase de construção por um consórcio público-privado envolvendo 12 empresas espanholas e duas sauditas. A linha de alta velocidade terá 450 km com capacidade para transportar cerca de 160 mil pessoas por dia.
No caso do TAV brasileiro, que deve contemplar 511 km, empresas locais deverão participar da segunda etapa do projeto. “As empresas brasileiras terão participação gradativa no processo de nacionalização de componentes”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate.
Segundo ele, a abertura dos envelopes com as propostas deve ocorrer em setembro. As obras só devem começar em 2015, com prazo de término até 2020. A concessão terá validade por 40 anos.
O governo espanhol está montando um consórcio com empresas públicas e privadas para participar da licitação do trem de alta velocidade (TAV), ou trem-bala, que ligará as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. A afirmação foi feita ontem, em São Paulo, pela ministra de Fomento da Espanha, Ana Pastor Julián. Segundo a ministra, o grupo será formado apenas por empresas espanholas. O edital prevê que as ofertas sejam apresentadas até 13 de agosto.
“Queremos apresentar um projeto que seja muito competitivo e sobretudo que dê soluções adequadas aos problemas do transporte no Brasil”, afirmou Ana Pastor. A Espanha, que passa por uma das piores crises econômicas de sua história, vê oportunidades de investimentos no Brasil também nas áreas de aeroportos, rodovias e ferrovias (leia abaixo).
No caso do trem-bala, a participação inicial do governo espanhol será por meio das empresas publicas de operação ferroviária Renfe e do Administrador de Infraestruturas Ferroviárias (Adif). Entre as empresas privadas que podem entrar no grupo está a fabricante de trens Talgo.
“Somos capazes de oferecer a operação completa, desde as obras civis até a tecnologia, a parte de eletrificação, segurança e controle”, disse a ministra. Além da Espanha, estão interessados no leilão consórcios de empresas da França (com provável participação da Alstom e SNCF), do Japão (liderado pela Mitsui), da Alemanha (com Siemens à frente) e Coreia.
Ana Pastor ressaltou ainda a experiência da Espanha, que tem rede com 13,9 mil km de vias férreas, dos quais 2,9 mil km são de alta velocidade, “a segunda maior do mundo, depois da China”. Ela lembrou que a primeira linha de alta velocidade espanhola, entre Madri a Se-vilha, completou 21 anos.
A ministra participou ontem de um café da manhã com empresários organizado pela agência espanhola de notícias EFE. A tarde, reuniu-se em Brasília com o ministro dos Transportes, César Borges, com o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, e com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos.
Segundo a ANTT, a obra do trem-bala deve envolver recursos de R$ 35 bilhões.
Modelo. Hoje, a ministra tem encontros com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, e o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Leônidas de Menezes Cristino. À tarde, retoma para a Espanha.
Julio Gómez-Pomar Rodriguez, presidente da Renfe - que opera 300 trens de alta velocidade de diferentes companhias -citou como modelo o projeto Meca-Medina, que está em fase de construção por um consórcio público-privado envolvendo 12 empresas espanholas e duas sauditas. A linha de alta velocidade terá 450 km com capacidade para transportar cerca de 160 mil pessoas por dia.
No caso do TAV brasileiro, que deve contemplar 511 km, empresas locais deverão participar da segunda etapa do projeto. “As empresas brasileiras terão participação gradativa no processo de nacionalização de componentes”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate.
Segundo ele, a abertura dos envelopes com as propostas deve ocorrer em setembro. As obras só devem começar em 2015, com prazo de término até 2020. A concessão terá validade por 40 anos.