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Cuiabá pode não ser contemplada com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana, que prevê a implantação do Bus Rapid Transit (BRT) como alternativa de transporte. Por conta disso, o prefeito Chico Galindo pediu para que a bancada federal mato-grossense intervenha junto ao Ministério das Cidades, a fim de garantir o investimento na Capital.
De acordo com o chefe do Executivo, o governo federal já acumula mais de R$ 12 bilhões em projetos dentro deste programa, contudo só têm R$ 7 bilhões em recursos disponíveis. Desta forma, algumas cidades deixaram de ser contempladas.
“Eles me disseram que têm um total de R$ 12 bilhões de projetos das 70 cidades acima de 250 mil habitantes, e só têm R$ 7 bilhões. Não vai ser possível contemplar todos. Por isso, já pedimos para toda a bancada federal de Mato Grosso para nos ajudar. Se tivermos lá pedidos de deputados e senadores, ajuda”.
O petebista afirma que os deputados federais e senadores sinalizaram positivamente para o pedido, e que garantiram trabalhar para conseguir o investimento para Capital. “Eles foram receptivos, pegaram cópia do projeto e garantiram que iam trabalhar para que isso se tornasse realidade”.
Galindo garante que a prefeitura cumpriu com todas as metas estipuladas pelo ministério. “Terça-feira [11] eu estive lá com a equipe técnica da prefeitura, representando o futuro prefeito Mauro Mendes no Ministério da Cidade. Vencemos a terceira etapa que era apresentar aos técnicos do Ministério das Cidades o porquê, a necessidade e a importância dessa linha exclusiva de ônibus, ciclovia e calçamento. Agora, cabe ao Ministério das Cidades e a presidenta Dilma selecionar os projetos”.
O projeto está orçado em R$ 137 milhões, sendo R$ 110 milhões oriundos de recursos federais e R$ 27 milhões referentes à contrapartida do município. Ele já foi elaborado pelo Executivo e avalizado pelo Ministério das Cidades.
Caso Cuiabá seja contemplada, as obras serão executadas em duas fases, sendo a primeira a construção do corredor exclusivo de circulação de ônibus para atender a região noroeste com área central, estimada em R$ 91,4 milhões.
Já a segunda etapa está orçada em R$ 34,2 milhões para a construção de faixas preferenciais em vias coletoras de bairros, utilizando no percurso das linhas alimentadoras e integradas ao VLT no Terminal do Coxipó.
O prefeito ressalta que este projeto não substitui o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), e sim o complementa. “Não estamos confrontando o VLT, estamos melhorando. O VLT não precisa mais ser discutido, já está pronto. Tem sua linha de crédito e o governo do Estado já está executando. O nosso é para que os moradores cheguem até o VLT. Todas essas linhas vão desovar os passageiros, ou seja, vão deixar os passageiros nos terminais do VLT. Então, é uma continuidade”.