domingo, 26 de maio de 2013

VLT de Goiânia

Fonte: DIÁRIO DA MANHÃ
              SEVERINO JOSÉ

Tempos atrás, havia movimento e queixa da população, órgãos de controle da administração pública e entidades organizadas com relação à qualidade do serviço de transporte urbano coletivo de Goiânia e região metropolitana, ao que se atribuía, em grande parte, a ausência de controle, compromisso e qualidade na prestação do serviço.
Em 2007, através da Companhia Municipal de Transportes Coletivos – CMTC, foi realizada a tão esperada licitação. Mas no certame de caráter nacional só compareceram empresas goianas, o que se constituiu num inegável e razoável indício de jogo melado.
Com a contratação das licitantes vencedoras, vieram promessas de contínua melhoria do serviço de transporte urbano. Mas, depois do foguetório e fogo de palha inicial, o que chegou mesmo à população, anos após ano, foram os reajustes das passagens do transporte coletivo, que chegou ao ponto de agora, quando se cobra em Goiânia o preço de passagem de cidades turísticas.
O governo federal, agora sabemos, isentou as empresas do ramo de recolhimento de PIS/Cofins, sob a promessa de repasse do desconto aos usuários transporte coletivo. Mas, pelo jeito, o pessoal da CMTC, em vez de dar desconto, resolveu faturar dos dois lados - alívio no imposto de um lado e aumento de tarifa de outro.
Da prefeitura de Goiânia e do Governo do Estado de Goiás, tudo o que veio foi... um silêncio que, em certo sentido, é bem eloquente.
Para terminar a festa, estão falando de novo no tal do VLT, para passar mel na boca dos usuários de serviços indefesos (alô, MP!).
VLT: me lembro bem que o primeiro a falar nesta VoLáTil promessa foi um Henrique Santillo, durante a campanha de governador, o que levava o seu concorrente Mauro Borges Teixeira a fazer piada com o assunto durante o horário eleitoral. 
Do jeito que voltou às manchetes dos jornais da capital, parece que os administradores­ públicos ligados ao assunto resolveram requentar a promessa velha com piada nova. 
O que me chama à atenção: somente os estudantes, que tem meia passagem, e são, em geral, articulados por movimentos partidários, foram às ruas para protestar.
Talvez por isto, os mandões do transporte coletivo da cidade nem se cocem com as manifestações ocorridas. O presidente da CMTC, por exemplo, viajou. 
Sempre que a população chia contra o ajuste de preços de passagens do transporte público urbano, os membros da CMTC e seu Conselho Deliberativo sempre aludem à previsão contratual a respeito, sempre com base em índices oficiais elaborados pelo IBGE (IPCA) ou Fundação Getúlio Vargas (IGPM). 
Sabe-se que, em parte, a memória inflacionária não desapareceu de todo do País, desde a época do Plano Real, justamente por causa de um mecanismo que, originalmente, fora criado para proteger os contratados da Administração Pública dos efeitos da inflação residual. Ocorre que, com o tempo, estes mecanismos acabaram por se constituir numa confortável forma de livrar a administração pública e seus contratados dos efeitos da concorrência e oscilações de preços de mercado.
De fato, a pronta inclusão de índices de obrigatória correção anual de preços, por isto mesmo, fez com que os preços de custos de contratação de fornecimento de bens e serviços se constituíssem em algo do tipo cumulativo, que só variou para cima. Disto decorreu, em parte, a alteração de preços e tarifas dos serviços públicos em geral, que nunca deixaram de subir, desde a instituição do Plano Real, merecendo por isto, urgentes medidas de análise e correção das autoridades competentes e legisladores pátrios.
Mas, no caso da situação do transporte coletivo urbano de Goiânia e região metropolitana, em face dos preços estabelecidos, algo a mais precisa ser feito, pois existem indícios claros de que foi ultrapassado o limite do razoável, no ato de reajuste de preços dos passagens, em face da isenção de impostos federais (e o compromisso decorrente) e, da capacidade de comprometimento da renda individual e familiar com o transporte urbano. 
Pode-se alegar a legalidade dos contratos e o direito das empresas contratadas ao reajuste. Mas, não parece possível alegar que tais preços sejam razoáveis, inclusive no que toca à sofrível qualidade do serviço prestado, a qual só o os usuários dos serviços podem aquilatar com justeza.
E o retrato que sai da avaliação e do testemunho dos usuários do serviço de transporte coletivo urbano é preocupante – muito embora, as autoridades não pareçam preocupadas com os literais sinais de fumaça que vão surgindo nas manifestações de rua.
Se tanto, prometem rever o preço da tarifa, depois da denúncia de isenção de PIS e Cofins. É conferir, para ver no que dá.
(Severino José, Turvânia/GO;
assessor jurídico – Detran/GO; membro – Sindicato dos Servidores do Detran-GO/Sintrango)

VLT de Santos

Fonte: A Tribuna
               Rosana Rife

Créditos: Alberto Marques/A Tribuna
Foto: Alberto Marques : VLT passará pela Av. Conselheiro Nébias

As obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), entre São Vicente e a Avenida Conselheiro Nébias, começam na próxima semana. A informação foi confirmada pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, durante o 10º encontro do programa Viva o Bairro, realizado na escola Municipal Olavo Bilac.

Justamente por ser o primeiro trecho, os trabalhos não vão impactar nas descobertas que vêm sendo feitas na área do Valongo pelo arqueólogo Manoel Gonzalez. “Esse ponto que está sendo levantado é referente à segunda fase. E, aí, essa questão arqueológica tem de ser observada e discutida para que todas as licenças sejam obtidas”. 

No último dia 17, A Tribuna noticiou a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que sejam iniciadas as obras na primeira etapa.

Segundo Paulo Alexandre Barbosa, os estudos realizados apontarão se haverá necessidade de intervenções no local. “Se tiver que fazer adequação do trecho, vamos fazer. Precisamos, de fato, ter esse cuidado, mas também focar na execução”.

Paciência
O trecho que entrará em execução nos próximos dias está compreendido entre a Ponte dos Barreiros, em São Vicente, e a Avenida Conselheiro Nébias, em Santos, passando pela Avenida Francisco Glicério.

O prefeito não detalhou com precisão onde o trabalho começará, mas ressaltou que será no Município. O detalhamento também será informado na semana que vem. Ele pediu paciência aos santistas.

“Estamos trabalhando para que o impacto seja o menor possível, porque teremos um período longo de obras (até meados de 2014), que vai mudar um pouco a rotina dos santistas”.