sábado, 27 de abril de 2013

Metrô DF



Fonte: R7 Noticias

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Apagões frequentes e panes no sistema elétrico são problemas enfrentados pelos 130 mil passageiros que utilizam o Metrô-DF (Companhia Metropolitana do Distrito Federal), que tem planos de expandir seus serviços, mas acaba esbarrando em limitações como peças antigas, necessidade de novos trens e a mais importante delas: a falta de energia.

A energia não é suficiente para uma grande expansão do metrô porque ela é compartilhada com o abastecimento comercial e residencial de todas as regiões do DF. Para poder operar, o Metrô-DF recebe 14.300 quilowatts da CEB (Companhia Energética de Brasília).  Atualmente, no DF existem 17 Subestações. A de Águas Claras, região administrativa do DF, é a que mais apresenta problemas.

Para ampliar seus serviços, a empresa metroviária se reuniu com a CEB no início do mês e ficou decidido que para viabilizar o aumento do número de trens de 24 para 28 energia adicional será liberada. Os ajustes burocráticos já começaram a ser realizados para iniciar o procedimento.

A presidente da Companhia Metropolitana do DF, Ivelise Longhi, explica que há um estudo para que o abastecimento para o sistema seja exclusivo, o que garantiria mais energia e com risco menor de quedas e interrupções. A presidente ainda não sabe, no entanto, quando essa energia estará disponível. Ivelise afirma que, o projeto prevê a construção de mais cinco estações no Distrito Federal.

— Queremos colocar duas em Samambaia, duas em Ceilândia e uma no início da Asa Norte. Junto disso, temos também a questão de melhorar o sistema que já existe, deixando-o mais moderno. Vamos torná-lo mais ágil e seguro. Nós já temos disponível R$ 700 milhões para iniciar as mudanças.

Na visão do especialista em transporte público, Artur Moraes, tanto a CEB quanto o Metrô-DF deveriam ter planejado com antecedência a demanda de energia nos serviços metroviários.

— Isso deveria ter sido pensado quando eles compraram novos veículos. Não houve planejamento para fazer o trabalho. A energia utilizada na subestação de Águas Claras, por exemplo, não é suficiente. Tem de investir em eletricidade para conseguir ampliar esses serviços.

O especialista explica que a energia é o combustível do trem.

— É como a gasolina do carro. Se ela acabar, o veículo para. Assim acontece com o trem, que depende da energia para funcionar.

Além dos problemas de energia elétrica, a presidente do Metrô-DF diz que há carência de peças para manutenção e necessidade de novos trens.

— Alguns deles são muito antigos e possuem mais de 20 anos. Nós só temos 12 trens novos, que são de 2010. Eles dependem de manutenção constante.

Em nota, a CEB informou que autorizou o Metrô-DF a aumentar a sua carga imediatamente e as duas empresas estão acertando detalhes de contrato.

— Hoje a CEB já garante energia suficiente para o Metrô e no dia 20 de abril entra em operação o terceiro transformador da Subestação de Águas Claras, aumentando mais ainda a confiabilidade no sistema que abastece toda a região.