quinta-feira, 8 de agosto de 2013

VLT de Cuiabá

Fonte: MidiaNews

secretário extraordinário da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, embarca para aEspanha na próxima segunda-feira (12) para conferir, in loco, como andam as construções dos 40 carros - formados por sete módulos cada um - do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que está sendo implantado na Grande Cuiabá, com vistas à Copa do Mundo de 2014. Guimarães passará uma semana visitando as fábricas da CAF Brasil Indústria e Comércio (que compõe o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande) e providenciando a liberação de dez vagões para a Capital. Como a estimativa da Secopa é de que os carros demorem cerca de 60 dias para concluírem o translado, o secretário acredita que, até 1º de outubro, os dez primeiros carros estarão sendo entregues na Grande Cuiabá.

Orçada em R$ 1,477 bilhão, a obra de implantação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande inclui, além da instalação dos trilhosao longo dos 22,2 km de trajeto do metrô de superfície, a construção de 12 obras de arte (entre pontes, viadutos e trincheiras) e de terminais e pontos de parada por todo o trajeto, bem como a revitalização e o reforço do Canal da Prainha. O consórcio responsável pela empreitada é formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.

Alstom in world

Fonte: 

A Alstom fechou um contrato com a cidade de Cuenca, no Equador, para o fornecimento de 14 VLTs Citadis, além de eletrificação, fornecimento de energia e integração de sistemas. Os veículos serão produzidos nas unidades da Alstom Transporte na França (La Rochelle, Ornans, Vitrolles, Saint Ouen).

A participação da Alstom é de aproximadamente 70 milhões de Euros. O sistema VLT de 10,5 km será o primeiro do país, com 20 estações, e atravessará o centro histórico.  A linha – que será inaugurada em 2015 – poderá transportar até 120.000 passageiros por dia.

Cuenca, terceira maior cidade do Equador, é Patrimônio Mundial da UNESCO. Para preservar sua herança arquitetônica, a cidade optou pela tecnologia APS, de Fornecimento de Energia Estático da Alstom, uma solução livre de catenárias e que fornece energia para o trem através de um terceiro trilho embutido entre os trilhos de operação.

Cuenca será a primeira cidade do continente americano a optar pelo VLT sem catenárias, já em operação em várias cidades francesas, como Bordeaux, Reims, Angers e Orleans, e em breve em Tours, além de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O Citadis de Cuenca tem 33 metros de comprimento e pode acomodar aproximadamente 300 passageiros. Conta com pisos totalmente rebaixados e portas amplas, para permitir o fácil acesso de passageiros, especialmente aqueles com mobilidade reduzida. Além disso, o Citadis possui largos corredores centrais, permitindo que os passageiros se movimentem em seu interior.

"Esse projeto, e nosso Citadis, irão melhorar a mobilidade urbana em Cuenca, que tem cerca de 500.000 habitantes, com um dos meios de transporte público mais limpos, eficientes e confortáveis. Também é uma oportunidade de mostrar a outros países latino-americanos que projetos semelhantes podem ser desenvolvidos em suas cidades” afirma Michel Boccaccio, Vice-Presidente Sênior da Alstom Transporte na América Latina. 

TAV Rio - São Paulo

Fonte: Valor Econômico

Na tentativa de forçar uma concorrência no leilão do trem-bala Rio-São Paulo-Campinas, cuja entrega de propostas está marcada para o dia 16, dois consórcios estrangeiros foram chamados às pressas ontem pelo governo para reuniões em Brasília.

O ministro dos Transportes, César Borges, conversou pessoalmente com executivos dos grupos da Espanha e da Alemanha. Ambos os grupos asseguraram estar dispostos a entregar ofertas competitivas até o fim do ano, caso o leilão seja adiado, mas descartaram apresentar propostas se a data atual for mantida.

Com isso, segundo fontes do governo, tornou-se altamente improvável a manutenção de sexta-feira da próxima semana como o dia D do trem de alta velocidade (TAV). Só os franceses, com a Alstom e a operadora estatal SNCF à frente, se mantêm firmes na disposição em entregar uma oferta agora. No Palácio do Planalto, dá-se como certo que a presidente Dilma Rousseff se recusará a fazer o leilão com apenas um concorrente, em meio a um noticiário político dominado por denúncias sobre um cartel de empresas no setor ferroviário.

A Siemens, que havia deixado a corrida pelo trem-bala, disse que pode voltar à disputa caso o leilão fique para o fim do ano. O grupo espanhol, encabeçado pela operadora Renfe e pela fabricante de trens Talgo, pede pelo menos dois meses de prazo e também garantiu ao ministro que não tem condições de entregar uma proposta no dia 16.

Uma das maiores preocupações era saber se os consórcios estão blefando, ao pedir mais prazo, ou se realmente estão dispostos a entrar no leilão do TAV daqui a três ou quatro meses. Eles garantiram que a disposição existe de verdade e não voltarão atrás em cima da hora, pedindo novos adiamentos mais à frente.

As informações serão levadas à presidente Dilma Rousseff e deixam o cenário ainda mais incerto. Até a semana passada, Dilma estava inclinada a postergar o leilão para 2015, em um eventual segundo mandato. Avaliava que, saindo vitoriosa das urnas, teria legitimidade para tocar o projeto e passar por cima de críticas. Com as manifestações de junho, que colocaram os investimentos em mobilidade urbana no topo da agenda política, ela via essa alternativa como a mais conveniente.

Após as conversas com os dois consórcios da Espanha e da Alemanha, Dilma terá que avaliar outra possibilidade: fazer o leilão, com a promessa de três concorrentes, até o fim do ano. A presidente pretendia fazer uma nova reunião sobre o assunto, no Planalto, entre hoje e amanhã.

Segundo o relato feito ao governo, a desistência dos espanhóis de entregar uma proposta no dia 16 não está relacionada ao acidente ferroviário em Santiago de Compostela, em julho. Na verdade, o grupo da Espanha alega que uma mudança de regras no leilão, 44 dias atrás, foi crucial.

Até o fim de junho, o resultado do leilão seria definido por uma combinação de dois critérios: o maior valor de outorga (70% da nota final) e o menor custo para a construção da infraestrutura do trem (30% da nota). O segundo critério acabou caindo, com aval do Tribunal de Contas da União (TCU), e ganhará a disputa quem se dispuser a pagar mais. Isso, segundo os espanhóis, fez desmoronar a oferta que vinha sendo desenhada nos últimos meses.

Para padrões europeus, a Espanha tem um relevo mais complicado, com montanhas e declives. Isso faz com que o país tenha soluções de engenharia ferroviária mais competitivas para a construção de túneis e viadutos. Na França e na Alemanha, por exemplo, os trens de alta velocidade circulam sobretudo em planícies.

Com a mudança de regras, os espanhóis - antes tidos como favoritos - perderam seu principal fator de competitividade. Eles também reclamaram das cartas do BNDES, de fundos de pensão estatais e dos Correios que enumeravam condições para entrar no capital da futura concessionária. O grupo da Espanha quer mais tempo para fazer consultas a esses órgãos e tirar dúvidas.