segunda-feira, 13 de maio de 2013

VLT de Cuiabá

Fonte: 
           HELSON FRANÇA

Entre as obras previstas para a Copa do Mundo de 2014, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é a terceira mais cara do país. O metrô de superfície fica atrás, somente, do monotrilho de 17,7 quilômetros que está sendo construído em São Paulo (R$ 3,1 bilhões) e do BRT Transcarioca, de 28 quilômetros, no Rio de Janeiro (R$ 1,8 bilhão). 

Mesmo diante do valor e da importância, as obras estão atrasadas mais de seis meses. O relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta que está concluído 14,18% da construção, enquanto o ideal, na análise do TCE, devia ser 50%. 

Dado ao tempo exíguo, complexidade e obstáculos encontrados no caminho (no sentido literal da palavra) para a viabilização do empreendimento, as chances do metro de superfície – orçado em aproximadamente R$ 1,4 bilhão – não ficar pronto até a Copa aumentam a cada dia. 

Projetado para ter 22 quilômetros de extensão e atravessar por regiões centrais de Cuiabá e Várzea Grande (separada por uma ponte da capital mato-grossense), o modal - incluso na Matriz de Responsabilidade da Fifa, ou seja, está entre as obras que precisam estar prontas até o Mundial - é apresentado pelas autoridades como a solução para desafogar o caótico trânsito das cidades. 

Mesmo com tamanha importância, as obras do VLT só começaram a sair do papel, ainda que de forma tímida, há 60 dias. 

A atual fase dos trabalhos encontra-se na construção da estrutura inicial de viadutos, estudos de prospecção arqueológica e na abertura de canteiros, por onde o metrô deverá passar. Para que as áreas sejam abertas, porém, centenas de imóveis deverão ser desapropriados – o que têm gerado uma série de problemas. 

Na última sexta-feira (3), o juiz Roberto Teixeira Seror, da 5ª Vara da Fazenda Pública, suspendeu a demolição de um conjunto de 15 imóveis localizados no centro da Cuiabá, que seriam derrubados para a passagem do VLT. O argumento do juiz é de que os imóveis não podem ser demolidos, pois são tombados pelo governo Federal. 

“A copa vai passar, mas a memória da cidade tem que ser preservada”, argumentou o magistrado na decisão. 

O episódio é só um exemplo das dificuldades que atravancam a construção do VLT. 

Diversos moradores têm se negado a abandonar os imóveis, sob alegação de não possuírem garantias de que serão indenizados pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), conforme prometido. 

Para que o processo de construção VLT fosse agilizado, a tempo (em tese) do empreendimento ficar pronto para o Mundial, o governo do Estado realizou a licitação por meio de um Regime Diferenciado de Contratação – onde detalhes, como a apresentação de projetos, são dispensados. 

Muito do atraso do início das obras do VLT aconteceu em virtude da indecisão do governo em definir o tipo de modal a ser implantado para o evento. De início, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), havia decidido que a melhor opção para seria o BRT (Bus Rapid Transit). Orçado em R$ 400 milhões, o BRT consistiria em corredores exclusivos para ônibus. 

Por pressões políticas, lideradas principalmente pelo então presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PSD), Silval teve de voltar atrás e escolher o VLT, perdendo-se, ao menos, cinco meses em discussões. 

Riva, o principal defensor do VLT, chegou a dar declarações pouco otimistas quanto a possibilidade do modal ficar pronto para a Copa. 

“O VLT não é para a Copa, é para Mato Grosso”, disse, em certa ocasião, ao visitar os canteiros de obras. 

Presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Copa de 2014 da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, Dilemário Alencar (PTB) e o próprio Silval chegaram a dar declarações deixando dúvidas sobre a entrega do VLT até antes da Copa. 

Silval teria revelado à comissão de que se esforçaria ao máximo para concluir o metrô de superfície para o Mundial, mas que, pelos problemas enfrentados e curto tempo, alguma porcentagem do empreendimento talvez não ficasse pronto até junho do ano que vem. 

Apesar das incertezas, a Secopa garante que até maio do ano que vem o VLT estará concluído. 

Os 100 quilômetros de trilho do modal começam a chegar em junho e os vagões, em agosto. 

Ferrovia Brasilia - Luziânia


Fonte: Sudeco
A primeira reunião do ano do Comitê Técnico da Ferrovia Brasília-Luziânia, ocorrida nesta quarta-feira, 08, foi marcada pela decisão de assinatura de termo de referência para contratação de Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). O objetivo da ação é possibilitar a transformação da Ferrovia que liga Brasília a Luziânia - que atualmente transporta apenas cargas - em uma ferrovia mista, de passageiros e cargas. Os recursos necessários para realização do EVTEA serão desembolsados pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Segundo Marcelo Dourado,  Diretor-Superintendente da Sudeco e coordenador do Comitê, o trabalho do grupo será feito com a orientação de dar agilidade, transparência e economicidade ao processo.  “A nossa previsão é de que num prazo de quatro ou no máximo cinco meses tenhamos o EVTEA , que é o instrumento fundamental para o lançamento do edital de licitação para outorga da concessão de utilização da Ferrovia Brasília-Luziânia para o transporte misto. Com isso, o edital de licitação da outorga da concessão deve acontecer até novembro ”, afirma Dourado.“
Estiveram presentes à reunião representantes do Ministério da Integração Nacional, do Ministério dos Transportes, do Governo do Distrito Federal, do Governo de Goiás, da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Vale a pena ver de novo


Para animar quem está meio desanimado.
eufariassim

http://www.revistaferroviaria.com.br/upload/Todos%20os%20projetos%202012.pdf

Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico)


Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
              Portal Terra
A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) começará a sair do papel em dezembro de 2013, prevê a Valec, estatal responsável pela obra. Com licitação para o projeto executivo de engenharia marcada para o fim de agosto, a chamada Ferrovia da Soja começa a caminhar após uma série de falhas elencadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no projeto básico.
Entre as principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Fico é uma das mais atrasadas entre as futuras ferrovias do País. A expectativa inicial era ter iniciado as obras no final de 2010. Desde então, foram diversos adiamentos, até que o TCU impediu a licitação de milhares de trilhos devido a falhas no projeto. O trecho é a primeira parte de uma obra pretenciosa, a Ferrovia Transcontinental (EF-354), que ligará o litoral do Rio de Janeiro ao Acre, na fronteira brasileira com o Peru, interligando com a rede ferroviária daquele país até o Oceano Pacífico.

Fico vai se integrar com a ferrovia Norte-Sul em Goiás
Na nova licitação do projeto executivo, dividida em sete lotes, as empresas vencedoras farão estudos mais aprofundados dos 900 quilômetros entre Campinorte, em Goiás - onde se integrará à Ferrovia Norte-Sul -, e Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. O detalhamento prevê dados topográficos, geológicos, geotécnicos, hidrológicos, entre outros, e a correção das falhas apontadas anteriormente pelo TCU. A expectativa da Valec é gastar em torno de R$ 70 milhões com o projeto executivo, que terá prazo de um ano para ser entregue.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Valec informou que a previsão é contratar o projeto executivo do trecho Campinorte até Lucas do Rio Verde até 5 de outubro deste ano. A empresa também prevê publicar o edital de licitação das obras até 15 de maio de 2013, fechar os contratos em agosto do mesmo ano e iniciar as obras em dezembro de 2013. Com relação aos problemas de atrasos no cronograma das obras, a Valec afirma tomar “todas as medidas necessárias para corrigir as falhas dos projetos e retomar o andamento no ritmo apropriado e condizente com a realidade de cada um”.
A realização da licitação do projeto executivo já anima o setor produtivo do Mato Grosso, principal produtor de grãos do País. Edeon Vaz Ferreira, coordenador-executivo do Movimento Pró-Logística - formado por entidades dos setores agropecuário, industrial, comercial e da sociedade civil organizada -, afirma que “este projeto está entre as prioridades do Movimento”, pelo seu potencial de escoamento da produção. Após tantos adiamentos, agora o representante do Pró-Logística está mais otimista. “Com o projeto executivo, mais detalhado e técnico, acreditamos que finalmente a obra vai ser concretizada”, afirma Vaz. A Fico vai permitir que os grãos produzidos na região Centro-Oeste saiam em direção aos portos de São Luís (MA), Ilhéus (BA), Pecém (CE) e Suape (PE).
O porto de Suape, em Pernambuco, será um dos destinos das exportações do Centro-Oeste

Outra opção de escoamento será o porto de Itaqui, no Maranhão

taqui concentrará o maior potencial de escoamento após a conclusão da Fico e da Norte-Sul

Estrada de Ferro Vitória Minas

A bons quando da licitação da sinalização da estarda de Ferro Carajás, eu e meu mestre Roberval conhecemos essa estrada devido a testes que realizamos para a licitação citada, que na época Carajás era estatal. Foi muito boa a visita e a convivência com o pessoal da estrada. Parabéns para toda a organização.
eufariassim

Fonte: 

Há 109 anos, em 13 de maio de 1904, era inaugurado o primeiro trecho da Estrada de Ferro Vitória a Minas, com 30 quilômetros entre Porto Velho e Alfredo Maia, passando por Cariacica. 

Em 2012, A EFVM foi a foi a ferrovia que mais transportou cargas no país, acumulando 133 milhões de toneladas. O minério de ferro é sua principal carga, totalizando 119 milhões de toneladas transportadas no ano passado. Em seguida, vem os produtos siderúrgicos, carvão mineral, celulose, coque, entre outros. 


A EFVM tem 905 quilômetros de extensão.  Sua estrutura é composta pela linha tronco, entre Ouro Branco (MG) e Vitória (ES) e os ramais de Belo Horizonte/Capitão Eduardo, Itabira, Aracruz, Porto Velho e Nova Era, sendo esse último desativado. Cerca de oito mil funcionários trabalham na ferrovia, tanto na parte operacional quanto administrativa. 

A criação da Companhia Estrada de Ferro Vitória a Minas foi fevereiro de 1902, quando o Governo Federal concedeu, através de um decreto-lei, a criação da empresa.  Com o anúncio sobre grandes jazidas de minério em Minas Gerais no ano de 1908, o percurso final da ferrovia foi mudado para a cidade de Itabira, onde uma grande mina seria explorada.

Segundo dados do Museu da Vale, as questões políticas sobre a exploração e a exportação do minério, a instalação de uma indústria siderúrgica e o cenário internacional de guerras mundiais (1914-1919; 1939-1945), dificultaram o processo de expansão e modernização da Vitória a Minas , por isso o primeiro carregamento de minério no Porto de Vitória só ocorreu no ano de 1940 e os trilhos só chegaram em Itabira em 1942.

A ferrovia ganhou impulso após 1942, com a criação da Companhia Vale do Rio Doce.  As primeiras melhorias na ferrovia ocorreram na década de 40, com a remodelação do trecho entre Vitória e Colatina (ES). Na década de 50 começaram a ser usadas as primeiras locomotivas diesel e a ferrovia recebeu melhorias na via. Uma década depois, foi dada a continuidade das locomotivas a vapor pelas locomotivas diesel-elétricas.

A duplicação da linha foi feita entre os anos de 1971 e 1977 e foi considerado um grande marco na evolução da ferrovia.