segunda-feira, 15 de abril de 2013

Metrô de Porto Alegre

Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal

Prefeitura recusou propostas de consórcios | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

A prefeitura de Porto Alegre anunciou nesta segunda-feira (15) que irá lançar um novo processo de Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para a construção do metrô na cidade. Isso ocorre porque a prefeitura recusou as duas propostas apresentadas na PMI anterior pelas empresas Invepar/Odebrecht e Brusten P.M. A segunda foi desclassificada por não seguir as orientações do processo, conforme informou o prefeito José Fortunati (PDT), em coletiva de imprensa no Paço Municipal. Já a proposta da Invepar/Odebrecht foi desconsiderada em função de ter apresentado um custo de cerca de R$ 9,5 bilhões para a execução da obra, valor muito superior aos recursos que a prefeitura possui em parceria com o governo estadual e federal que somam R$ 3,85 bilhões.
O custo da obra ficou alto em função do modelo de construção escolhido pela prefeitura, chamado de Shild ou ‘tatuzão’. Segundo Fortunati, a opção por esse método ocorreu em função das vantagens que ele apresentava sobre o outro modelo disponível – chamado Cut and Cover(corta e cobre). O ‘tatuzão’ tem a característica de ser executado em escavação profunda, sem necessitar então de intervenções na superfície, o que causa menos impacto urbano. “As pessoas nem percebem que está acontecendo a obra”, explicou Fortunati. Nesse modelo, a obra ocorreria a 20 metros abaixo do solo. Consequentemente, as estações teriam que estar localizadas a 4 níveis abaixo do solo, fato esse que encareceu consideravelmente a obra.
Com isso, a prefeitura decidiu que na nova Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) as empresas terão que apresentar projetos sobre o modelo Cut and Cover (corta e cobre), que foi inicialmente rejeitado. Esse método possui um custo de execução muito mais baixo. Por outro lado, causa prejuízos para a sociedade, durante a sua execução, pois é realizado no meio da via, o que irá acarretar o estreitamento das ruas e prejuízos no trânsito. Outro desvantagem desse modelo é de que a obra corta todos os equipamentos existentes no local como água, esgoto, cabo telefônico, internet, entre outros. Tudo tem de ser cortado e depois refeito.

José Fortunati disse que o custo total proposto pela Invepar/Odebrecht poderia ser reduzido, mas ainda assim seria impraticável. “Apesar da disposição de todos os parceiros envolvidos o valor acabou se tornando inviável. Mesmo com todas as reformulações que poderíamos fazer, os R$ 9 bilhões poderiam ser baixados até R$ 6 bilhões e ainda estaríamos muito acima do que temos de recursos”, disse.
O prefeito lamentou o fato de terem que alterar o método de construção. “Conversei com a presidenta Dilma e com o governador Tarso e a partir de agora vamos redimensionar a nova PMI no processo Cut and Cover. Não é o melhor para a sociedade, mas é o que permite que a cidade venha a construir um metrô. O sonho de qualquer gestor é que fizéssemos o ‘tatuzão’, mas infelizmente isso acabou não acontecendo”.
Representante do governo do Estado, o Secretario de Planejamento João Motta, afirmou que o governo concorda com a medida tomada pelo prefeito José Fortunati. “Concordamos pela questão do custo inviável para o governo do estado. Acreditamos que hoje avançamos uma etapa decidindo a metodologia, o que trará transtornos para a população, mas é a real condição que nós temos”.
Secretário Urbano Schmitt nega que metrô volte à estaca zero
“A PMI foi um sucesso para nós”, defendeusecretário de Gestão e Acompanhamento, Urbano Schmitt | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
O secretário de Gestão e Acompanhamento, Urbano Schmitt, afirma que as empresas poderão nos próximos dias demonstrar seu interesse em realizar a obra do metrô, agora sob o modelo Cut and Cover. Na última PMI, as empresas podiam apresentar propostas a partir do dia 19 de setembro de 2012, tendo prazo final para entregar até o dia 7 de fevereiro deste ano. De acordo com o secretário, dessa vez, o prazo será menor, em função de já haver um estudo preliminar.
Conforme Schmitt, a realização de uma nova PMI não significa que o metrô volte à estaca zero. “Todo o estudo será reutilizado no que diz respeito a viabilidade, processo de integração, estudo de operação e estudo de demanda. Apenas o conceito de construção será mudado. A PMI foi um sucesso para nós”, defendeu. O secretário espera que a nova proposta não supere os cerca de R$ 3 bilhões, que o poder público dispõe. “Vamos trabalhar em cima dessa proposta”, disse.
Outra expectativa de Schmitt é de que haja um maior interesse de empresas para executar a obra. Na primeira PMI, eram esperadas cinco empresas e apenas duas apresentaram propostas. “Com mais informações, a partir do estudo já realizado, será mais fácil para que apareçam mais empresas interessadas no projeto”, prevê.
O início das obras, no cronograma anterior, previa as datas entre o final de 2013 e início de 2014. Com a mudança, o secretário preferiu não estipular nenhum novo cronograma. Segundo ele, só será definido um novo cronograma quando houver nova contratação de consórcio. “Até lá não dá para estabelecer prazos”, conclui.

Gerenciamento de projetos

Fonte: 


Reconhecido pelo Project Management Institute (PMI) como PMP®, o profissional em gerenciamento de projetos, Eduardo Militão Elias, sócio da Construtora Iben, uma Registered Consultancy Provider (RCP) do PMI, defende a divisão do processo de monitoramento e controle em dois grupos distintos: um para monitoramento e outro para controle. “Estou escrevendo um livro sobre essa questão”, informa.
Em sua opinião, o gerenciamento de projetos é uma ciência democrática, uma vez que as propostas de melhoria para o guia PMBOK são encorajadas pelo próprio PMI. “Com o avanço das boas práticas em gerenciamento e redefinição da estrutura organizacional das empresas evidenciada na crescente implementação de escritórios de projetos, conhecidos como PMO, a separação de monitoramento e controle em dois grupos de processos já é uma necessidade e a incorporação da ideia pelo PMI é uma questão de tempo”, defende.
Ele comenta que na edição do Guia PMBOK 5, lançada em janeiro de 2013 – a versão em português está prevista para o mês de abril – monitoramento e controle ainda fazem parte de um mesmo grupo, o que segundo ele, prejudica a atribuição de responsabilidades e definição para monitorar e controlar os projetos. “Algumas empresas monitoram mais e controlam menos, enquanto outras não sabem ao certo o que estão controlando, pois erram ao monitorar”. Elias explica ainda que monitorar é uma análise de parâmetros entre o previsto e o realizado, enquanto controlar significa agir sobre os desvios. “Como o responsável pela execução pode ter a atribuição de monitorar o projeto, apontando desvios de prazo, custo ou problemas de qualidade sem que haja conflito de interesses?”, questiona.
Entre os não adeptos às novas práticas de gerenciamento, ainda existe o paradigma de que controle significa executar conforme o planejado. Um conceito ultrapassado que engessa a criatividade e tira a dinâmica de decisão dos Gerentes de Projetos. “A empresa deve exercer governança sobre os processos e estabelecer limites para esta dinâmica de acordo com a complexidade dos projetos. A obra precisa ter autonomia. Em projetos de Construção Civil o que importa é o equilíbrio entre planejamento e execução, e não a exatidão entre eles”, afirma.
A separação de monitoramento e controle em dois grupos de processos já é uma necessidade e a incorporação da ideia pelo PMI é uma questão de tempo
GERENCIAMENTO DOS STAKEHOLDERS
Para Elias a principal mudança proposta pela 5ª edição do guia PMBOK é a criação de uma nova área de conhecimento, chamada de Gerenciamento dos Stakeholders, resultante da redefinição da área de comunicação, que passa a se concentrar mais no Gerenciamento da Informação, ficando para a área de stakeholders a gestão das necessidades das partes interessadas no projeto.
O conceito da área Stakeholder diz que é preciso conhecer as pessoas envolvidas e entender suas necessidades. Utilizando ferramentas e técnicas relacionadas à liderança, negociação e gestão de pessoas, é possível monitorar e controlar o envolvimento dos Stakeholders e o atendimento aos seus anseios. Parte do princípio de que, na realização de um trabalho, os envolvidos devem ter seus interesses gerenciados para que não criem resistência aos objetivos do projeto. Se todos estão satisfeitos, ninguém reclama.
INDEPENDÊNCIA DAS CONSULTORIAS
O próprio PMI instituiu os parâmetros de funcionamento dos escritórios especializados, os Project Manager Offices (PMO), para dar suporte aos gerentes de projetos. Essas consultorias fazem o controle e têm compromisso com a verdade ao apresentar o problema para o patrocinador do empreendimento. “O importante do monitoramento, é saber como agir para ter o controle da situação”, afirma.

As atribuições de escritórios de projetos, os PMOs, em fase de definição pela comunidade de gerenciamento de projetos e pesquisas, indicam que essas consultorias, maduras em gerenciamento de projetos, devem exercer as funções de monitoramento. “A terceirização para os escritórios de projetos contribui com a precisão da análise que irá refletir diretamente no desempenho dos projetos. O PMO precisa ser imparcial e comprometido exclusivamente com a verdade. Não existe interesse em afirmar que algo está no prazo se, na verdade, está atrasado”, afirma.
GESTÃO INTERPESSOAL
Elias explica, ainda, que em um projeto existe o patrocinador, o cliente, os órgãos ambientais, a comunidade e, se alguém estiver descontente, a obra pode parar, gerando problemas de custo, prazo e qualidade. “Em Belo Monte, por exemplo, a comunidade indígena foi identificada como parte interessada, seus requisitos coletados, e seu envolvimento gerenciado? Provavelmente não”, opina. Essas ferramentas de gestão são muito mais interpessoais do que matemáticas, pois é necessário identificar as partes e realizar um plano para mantê-las satisfeitas. “O trabalho é interpessoal e baseado em ferramentas e técnicas de relacionamento, o que dificulta identificar Gerentes de Projetos na Construção Civil com essas qualificações”, alerta.
GESTÃO DE PROJETOS

A principal mudança proposta pela 5ª edição do guia PMBOK é a criação de uma nova área de conhecimento, chamada de Gerenciamento dos Stakeholders
Com a alteração, o guia PMBOK passa a conter dez áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos, que são: Escopo, Tempo, Custos, Integração, Qualidade, Recursos Humanos, Comunicações, Riscos, Aquisições e Stakeholders. Normalmente os patrocinadores concentram suas atenções nas áreas de qualidade, tempo e custos, onde se concentram os objetivos estratégicos do negócio. Entretanto, as demais áreas de conhecimento é que garantem o cumprimento dessas metas. “O escopo é o coração do projeto e sensibiliza todas as demais áreas de conhecimento. Mexer no escopo altera tudo. As áreas de riscos, aquisições, recursos humanos e stakeholders impactam diretamente em qualidade, custo e prazo e não podem ser ignoradas. Assim como a de integração, que auxiliada pela comunicação, é capaz de transferir riscos para aquisições, eliminando ameaças e protegendo as expectativas de prazo, custo e qualidade”, orienta.
O especialista diz ainda que, além de cuidar dos processos de gestão de mudanças no empreendimento, a área de integração é onde as linhas de base se encontram, se somam e cruzam todos os objetivos estratégicos de interesse do projeto.
Em gestão de projetos, explica, há cinco grupos de processos: iniciação, planejamento, execução, controle e monitoramento. O primeiro define o objetivo estratégico do projeto coletado com as principais partes interessadas, clientes e patrocinador. Já o planejamento cria as linhas de base, planos para atingir o cumprimento das expectativas.
Estes dois processos balizam a ação de cada área do conhecimento, criando linhas a serem seguidas pelos gerentes de projetos. A definição do sucesso é atender à expectativa das partes interessadas que aprovaram o projeto e as linhas de base devem considerar isso.
A linha do escopo, por exemplo, procura garantir a proposta do projeto. Deve conter todo o trabalho necessário, e só o necessário, para que ele seja concluído com sucesso. A do tempo estabelece parâmetros de prazos, enquanto a linha de base de custo visa a execução do empreendimento de acordo com o que foi definido no orçamento.
O plano de qualidade determina os parâmetros desejáveis. “Supondo que exista um requisito de uma parte interessada de que a edificação não perturbe os vizinhos, um parâmetro de nível de ruído aceitável pode ser estabelecido, limitando as opções de definição de escopo”, diz.
DECOMPOSIÇÃO DO ESCOPO
Um bom planejamento obrigatoriamente passa pela decomposição do escopo, fisicamente definido por pessoas, mão de obra, e aquisições, compra de material e serviços. As pessoas e aquisições são a chave para ajustar o escopo, monitorar e controlar os projetos. “Nele podemos associar os objetivos de custo, prazo e qualidade e também mitigar e transferir riscos do projeto,” comenta Elias.
Em sua opinião, é importante estabelecer a relação entre ‘fazer e contratar’. O gerente define o que fazer e com que mão de obra, se própria ou terceirizada. “É necessário elaborar uma lista com o pessoal a ser envolvido na execução do projeto distribuído na linha do tempo, definindo o tipo e número de profissionais a serem contratados em cada fase da obra. “Ao final, o planejamento de pessoas deverá definir que no primeiro mês devem ser contratados dez pedreiros, ao custo de R$ 7 a hora (integração com custo), para produzir 100 metros de alvenaria por dia (integração com tempo), sem restrição para trabalho em altura (integração com risco), com experiência de dois anos em alvenaria estrutural (integração com qualidade). “No segundo mês pode haver ou não alteração nesse quadro”, exemplifica.
Sobre as aquisições, ele orienta que o ideal é definir os pacotes de contratação baseados nas afinidades dos itens, agrupando materiais básicos em um pacote, materiais elétricos em outro grupo, e assim por diante. Neste caso, diz, assim como no plano de pessoas, é possível associar requisitos de prazo, custo, qualidade e riscos, para tornar o planejamento alinhado aos objetivos estratégicos definidos durante a iniciação e autorização do negócio.

COLABOROU PARA ESTA MATÉRIA

Eduardo Militão
Elias
Arquiteto e Urbanista formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (FAU-PUCCAMP), com MBA em gerenciamento de projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pós-graduando em Pós-MBA em Gerenciamento Avançado de Projetos pela FGV. Desenvolve ferramentas de gerenciamento de projetos para Construção Civil integradas à metodologia do PMBOK®, contribuindo de forma sistemática nas práticas de gerenciamento aliadas à Construção Civil brasileira, no amadurecimento do PMO® e do atual sistema PMIben®. É Sócio da Construtora Iben, de Indaiatuba – SP, e reconhecido pelo Project Management Institute (PMI®), como Profissional em Gerenciamento de Projetos (PMP®). Trabalhou nos últimos 10 anos no gerenciamento de portfólios de grandes empresas envolvidas em projetos de alta complexidade de escopo e riscos nas áreas de petróleo e gás, engenharia industrial, bioenergia, obras de infraestrutura e realizações imobiliárias. Participa de comunidades de gerenciamento de projetos e atua como consultor de PMO® terceirizado desde 2009, em um portfólio de projetos com valor superior a US$ 1 bilhão.

Metrô do DF

Fonte: Correio Brasiliense
O Coletivo Ala-Ôca, formado por estudantes e ex-estudantes de artes cênicas da Universidade de Brasília (UnB), estreia temporada do espetáculo Mateus e Mateusa  nesta segunda-feira (15/4), na estação do metrô de Ceilândia Centro. Encenada em um trailer, a peça é uma reprodução da obra homonina do escritor brasileiro José Joaquim de Campos Leão, conhecido como Qorpo Santo, e percorrerá estações de metrô de todo o Distrito Federal até 1º de julho. 

Criado por oito estudantes como parte de uma disciplina para experimentação de uma tese de doutorado do professor César Lignelli, em 2011, o Coletivo Ala-Ôca passou a tomar forma a partir do interesse dos alunos envolvidos no projeto. Único já formado entre os estudantes, Francisco Bruno de Sousa, conhecido como Xico Bruno, é um dos fundadores do grupo. “Apesar de termos começado em 2011, foi em 2012 que o nasceu o espetáculo”, afirma. 

A proposta é inovadora e a preparação foi intensa, garante ele. Seis atores em um espaço mínimo divertem o público em um trailer no meio da rua. “Poucas vezes um espetáculo foi encenado em um trailer, o público vai se surpreender”. No elenco, Anahí Nogueira, Clarissa Portugal, Gustavo Gris, João Lima, Tainá Baldez e Xico Bruno. Xico é, aliás, o único homem a interpretar um papel feminino na montagem. Ele vive Silvestra, umas das filhas de Mateus e Mateusa, e garante que a inversão gera risadas no público. “É muito inusitado e divertido”, destaca. 

Apesar de ter mais de um ano de criação, esta é a primeira vez que a peça entra em temporada, agora com ajuda do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Para o futuro, o grupo é ambicioso, e além de viajar pelo Brasil com Mateus e Mateusa - eles já estiveram em Anápolis (GO) -, quer promover uma trilogia de espetáculos de Corpo Santo. 


Carro Elétrico que encolhe

Fonte: CIMM - Centro de Informação Metal Mecânica


Um carro elétrico, com bom desempenho, pequeno e que ainda encolhe na hora de estacionar deve se tornar a mais nova atração da Capital. E o grande diferencial será na forma de uso: estará disponível para locação. O Hiriko City Car que vem sendo desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology Media Lab (MIT), nos EUA, há três anos e se encontra na fase de protótipo está sendo apresentado ao mercado automobilístico da Europa e dos Estados Unidos, e será testado em Florianópolis, no Rio de Janeiro e em outras 18 cidades do mundo.
Hiriko é fácil de manobrar porque é dobrável e as rodas giram. É capaz de rodar 120 quilômetros movido apenas com uma carga de bateria. Sem gasolina, ele também ajuda no bolso dos usuários. E chega a alcançar a velocidade de 90km/h, propício para circular no espaço urbano.
 O que falta para o veículo chegar a Santa Catarina é um estudo de viabilidade, necessário à implantação de qualquer projeto viário na Capital. A pesquisa terá um custo de R$ 250 mil. A estimativa da Secretaria de Tecnologia de Florianópolis era contar com pelo menos 100 veículos. Mas pode ser que venham apenas um ou dois exemplares, que farão a Rota da Inovação entre o Aeroporto Hercílio Luz e a Cachoeira do Bom Jesus, parando em pontos como universidades e empresas.
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Metrô de Porto Alegre

Fonte: 


A prefeitura de Porto Alegre anuncia, na manhã desta segunda-feira, a proposta escolhida para o metrô da Capital. Dois consórcios que manifestaram interesse foram habilitados e entregaram seus estudos em 7 de fevereiro. Desde então, um grupo de oito técnicos das secretarias da Fazenda, Gestão, Procuradoria-Geral do Município e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) passaram a se reunir diariamente no Escritório do Metro Poa, na avenida Padre Cacique, para analisar centenas de páginas de documentos e definir o melhor projeto.

O consórcio Odebrecht Transportes Participações Ltda e a empresa Bustren P. M. seguiram as diretrizes estabelecidas pela administração municipal para a implantação de um trem subterrâneo para transportar passageiros ao longo de 14,88 quilômetros, entre a Fiergs e a Rua da Praia, na Esquina Democrática. Agora, será conhecido o modelo mais adequado na visão da prefeitura.

Depois do resultado que será divulgado hoje, os próximos passos são a realização de uma audiência pública e o lançamento do edital para construir a obra, orçada em R$ 2,4 bilhões. Os trabalhos devem iniciar no começo de 2014. O prefeito José Fortunati (PDT) ressalva que o Executivo  municipal não precisa, necessariamente, seguir toda a proposta, isto é, pode fazer adequações que julgar necessárias.

A Parceria Público Privada (PPP) estabelece que, além de executar a empreitada, o consórcio vencedor também terá a responsabilidade de administrar o metrô pelos próximos 25 a 30 anos, como informa o secretário municipal de Gestão, Urbano Schmitt (PDT). “Isso faz parte da PPP. Por isso se pediu um consórcio com capacidade construtiva e ,depois, capacidade de gestão, para um período de 25 ou 30 anos. Isso está dentro do cálculo de viabilidade econômica”, explica Urbano.

A equação começa com aportes públicos. O governo federal entrará com R$ 1 bilhão do orçamento geral da União, o governo do Estado aplicará outros R$ 300 milhões e a prefeitura mais R$ 600 milhões. Além disso, estão previstas isenções fiscais de R$ 265 milhões, entre ICMS e ISSQN.

Ainda entra no cálculo os R$ 323 milhões restantes para concluir a obra, que virão da empresa. Também se projeta a receita que entrará com a operação - 312 mil passageiros ao dia, pagando uma passagem equivalente a dos ônibus (hoje em R$ 2,85), o tempo de exploração e o custo do projeto. A prefeitura deixou em aberto ao parceiro privado, por exemplo, o número de estações.

A ideia original eram 13 paradas, mas pode entrar uma 14ª estação na avenida D. Pedro II, se for viável economicamente. “Nós temos um plano original, que vinha da Fiergs, com 13 estações até o Centro. Agora, evidentemente, isso vai ser adequado conforme a localização da demanda, para mais ou menos estações. Até porque temos um limitador de valores”, observa Urbano. Entre os requisitos técnicos, foram considerados a tecnologia do trem, que deve ser leve e veloz, confortável, com capacidade para 1.080 passageiros, e o modelo das estações.

Vinda da presidente a Porto Alegre acelerou processo
A visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Porto Alegre acelerou o processo de divulgação da vencedora entre as propostas para o projeto do metrô. “Eu fico muito feliz, prefeito, quando o senhor fala que, aqui, nós estamos mudando as condições de mobilidade da cidade do meu neto. Mas tenho muito interesse no metrô. Nós temos grandes problemas de trafegabilidade, as pessoas ficam muito tempo dentro dos ônibus, indo para o trabalho. Temos de fazer metrô porque é a única forma racional de transporte coletivo de massa que está à altura do nosso País”, discursou Dilma na sexta-feira, durante formatura de 2,3 mil alunos do Pronatec.

Até então, a informação oficial da prefeitura era de que não havia data para divulgar qual era a proposta vencedora. O prazo original de 7 de abril havia sido descartado pela complexidade da análise. Trabalhava-se com o final do primeiro semestre.

Apesar disso, a entrevista coletiva do prefeito José Fortunati (PDT) no Tá na Mesa da Federasul, em 27 de março, dava sinais de que a escolha técnica já havia sido feita. Ou seja, o empecilho para o processo deveria ser outro.
Parece que o momento adequado dependia de algum ajuste com o governo federal, já que, no mesmo dia em que a presidente teve agenda na Capital, a prefeitura de Porto Alegre anunciou que divulgaria os resultados.
Corredores de ônibus da Farrapos e Assis Brasil deverão ser extintos

A proposta para a linha 1 do metrô de Porto Alegre, entre a Fiergs, na Assis Brasil, e a Rua da Praia, na Esquina Democrática, dialoga com outros modais de transporte coletivo, especialmente o de ônibus. Por isso, não estão previstos BRTs nas avenidas Assis Brasil e Farrapos, por onde deve passar o metrô. Os corredores de ônibus dessas vias serão extintos após a implantação do trem subterrâneo para passageiros.

Um dos itens previstos na proposta de manifestação de interesse é a recuperação paisagística dessas áreas, que não terão mais as estações na superfície. Permanecerão apenas linhas específicas dos bairros. Esse processo deve ocorrer, também, na próxima década, na área da linha 2 do metrô.


Monotrilho Linha 15

Fonte: 

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Primeiro carro do monotrilho da Linha 15-Prata de São Paulo

Em produção na fábrica da Bombardier em Hortolândia (SP), o monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo já está com sete carros na linha de produção. O primeiro carro já está em fase de acabamento e deve ser apresentado no dia 13 de maio.

O primeiro trem, com sete carros e 86 metros de comprimento, deverá ficar pronto em julho e no mesmo mês será levado de caminhão para o pátio Oratório do metrô, onde passará por testes dinâmicos.  Os dois primeiros carros da linha foram fabricados pela Bombardier em Kingston, no Canadá, e estão sendo testados em um circuito de via.

Antes de sair da fábrica no interior de São Paulo, o monotrilho passará por uma série de testes estáticos, que avaliarão se todos os componentes do trem estão funcionando perfeitamente. Só depois disso, o trem é liberado para seguir para a linha. A meta da Bombardier é entregar cinco trens até dezembro deste ano.

Para a Bombardier, o maior desafio foi produzir um trem leve e com grande capacidade de passageiros. O monotrilho da Linha 15-Prata pesará 105 toneladas, aproximadamente 15 toneladas por carro, enquanto que cada um dos seis carros do metrô pesa cerca de 30 toneladas. Segundo a empresa canadense, os trens do monotrilho terão a mesma capacidade de transporte de passageiros que o metrô convencional, só que com a metade do peso, o que acaba consumindo menos energia.

A fábrica de Hortolândia conta com 250 pessoas trabalhando na montagem dos trens. Ao todo, a Bombardier tem 400 funcionários no Brasil. Segundo a empresa, o projeto do monotrilho de São Paulo está empregando cerca de mil pessoas.

Depois de todos os trens prontos e em operação, o monotrilho da Linha 15, que é a extensão da Linha 2-Verde, terá capacidade de transportar mil passageiros por trem. Por dia, alinha deve transportar cerca de 500 mil passageiros, segundo projeções do Metrô - 48 mil por hora, em cada sentido. Ao todo, a linha terá 54 trens, cada um com sete carros.

Segundo a Bombardier, esse será o monotrilho de maior capacidade de transporte de passageiros do mundo. Antes do projeto brasileiro, o monotrilho com maior capacidade de transporte de passageiros fabricado pela Bombardier foi o de Las Vegas (EUA), que transporta cerca de 10 mil passageiros por hora em cada sentido.

Na última quinta-feira (11/04),  o secretário dos Transportes de São Bernardo do Campo (SP), Oscar José Gameiro Silveira Campos, visitou a fábrica da Bombardier em Hortolândia. A cidade da Grande São Paulo será destino final da Linha 18-Bronze do Metrô de São Paulo, que sairá do Tamanduateí (Linha-2 Verde) e irá até o Paço Municipal. Segundo a fabricante, outras cidades brasileiras também mostraram interesse pelo monotrilho de São Paulo, como Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).