
O Coletivo Ala-Ôca, formado por estudantes e ex-estudantes de artes cênicas da Universidade de Brasília (UnB), estreia temporada do espetáculo Mateus e Mateusa nesta segunda-feira (15/4), na estação do metrô de Ceilândia Centro. Encenada em um trailer, a peça é uma reprodução da obra homonina do escritor brasileiro José Joaquim de Campos Leão, conhecido como Qorpo Santo, e percorrerá estações de metrô de todo o Distrito Federal até 1º de julho.
Criado por oito estudantes como parte de uma disciplina para experimentação de uma tese de doutorado do professor César Lignelli, em 2011, o Coletivo Ala-Ôca passou a tomar forma a partir do interesse dos alunos envolvidos no projeto. Único já formado entre os estudantes, Francisco Bruno de Sousa, conhecido como Xico Bruno, é um dos fundadores do grupo. “Apesar de termos começado em 2011, foi em 2012 que o nasceu o espetáculo”, afirma.
A proposta é inovadora e a preparação foi intensa, garante ele. Seis atores em um espaço mínimo divertem o público em um trailer no meio da rua. “Poucas vezes um espetáculo foi encenado em um trailer, o público vai se surpreender”. No elenco, Anahí Nogueira, Clarissa Portugal, Gustavo Gris, João Lima, Tainá Baldez e Xico Bruno. Xico é, aliás, o único homem a interpretar um papel feminino na montagem. Ele vive Silvestra, umas das filhas de Mateus e Mateusa, e garante que a inversão gera risadas no público. “É muito inusitado e divertido”, destaca.
Apesar de ter mais de um ano de criação, esta é a primeira vez que a peça entra em temporada, agora com ajuda do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Para o futuro, o grupo é ambicioso, e além de viajar pelo Brasil com Mateus e Mateusa - eles já estiveram em Anápolis (GO) -, quer promover uma trilogia de espetáculos de Corpo Santo.
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