terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ALSTOM / CAF- CBTU de Belo Horizonte

Fonte :  IMPRENSA CBTU BELO HORIZONTE


Representantes da CBTU e do consórcio CAF-Alstom estiveram reunidos para acertar detalhes do contrato de fornecimento dos dez novos trens que vão ampliar a capacidade de transporte da CBTU Belo Horizonte. O contrato passa de R$ 171,9 milhões e a entrega do primeiro trem está prevista para o segundo semestre de 2014.

O chefe de projetos da CAF, o espanhol Asier Berzosa, destacou que há a possibilidade de antecipação da entrega, em até três meses, dentro do prazo previsto no contrato, desde que não ocorram grandes modificações no projeto do trem fornecido para a Superintendência de Recife.

Segundo Asier Berzosa, a CBTU está adquirindo o que há de mais moderno no mercado ferroviário e a entrega antecipada será um desafio para o consórcio, mas que a indústria nacional tem todas as condições de cumprir. “Agora, é arregaçar as mangas e trabalhar pesado, contando sempre com a rapidez da equipe da CBTU nas avaliações durante a produção”, conclui.

Apesar de ser espanhol, o consórcio possui fábrica em São Paulo, facilitando o contato entre a CBTU em Belo Horizonte e a CAF-Alstom. Equipamentos como os truques ficarão a cargo da CAF Espanha, já que o sistema ATC será fabricado pela Alstom, em São Paulo, e a construção estrutural e montagem geral serão realizadas na nova fábrica da CAF, em Hortolândia. O analista técnico e gestor do contrato pela CBTU, Rossinélio Fonte, destacou que o processo mobilizou diferentes áreas da CBTU e demandou esforços dos campos técnico e político. Enfatizou ainda o fato de que os trens serão fabricados no Brasil e com pelo menos 60% de componentes nacionais, gerando um estímulo à indústria nacional e facilitando o processo de manutenção das composições e a nacionalização de componentes. Durante a reunião, o fiscal do contrato, Francisco Lopes, pontuou as principais necessidades da Companhia e avaliou como favoráveis os primeiros contatos com a CAF. “Essa abertura de diálogo é favorável para que consigamos sucesso neste cronograma, nosso encontro foi muito positivo”.

Os novos trens da CBTU em Belo Horizonte terão ar condicionado automatizado, monitor de CFTV (Circuito Fechado de Televisão), revestimento resistente ao fogo, baterias com capacidade para manter o sistema elétrico de segurança em funcionamento por, no mínimo, cinco horas, dispositivos de comunicação multimídia, sistema eletrônico de monitoramento, sistema de comunicação móvel de voz e dados, frenagem automática em emergências, sistemas sonoros de emissão de mensagens pré-gravadas, entre outras comodidades que vão facilitar o dia a dia dos usuários e garantir a segurança da operação comercial.

Embarque facilidado:

No que tange à acessibilidade, as composições receberão piso antiderrapante, assentos preferenciais, banco para obesos e portas com rampa retrátil que facilitarão o embarque e desembarque de cadeirantes e de pessoas com mobilidade reduzida.

Trens Regionais


Fonte: 


Enquanto estuda concessões federais de aeroportos, rodovias e ferrovias, a CCR - especializada em infraestrutura - iniciou estudos para entrar em projetos bilionários do setor no Estado de São Paulo. Os planos da companhia, controlada por Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido, incluem rodovias estaduais e o ambicioso plano de ferrovias de passageiros entre cidades. As estradas de ferro, que demandarão quase R$ 20 bilhões, ligam diferentes municípios, como São Paulo e Campinas, e são acompanhadas de perto pelo poder público e por empresas do setor.

Os chamados "trens regionais" percorrerão 430 quilômetros de trilhos, que serão construídos e operados por meio de parceira público-privada (PPP). Do desembolso total, R$ 12,5 bilhões virão da iniciativa privada e R$ 6 bilhões, do poder público. Também já manifestou interesse no projeto a Estação da Luz Participações (EDLP), do empresário Guilherme Quintella e o sócio BTG Pactual. O Estado ainda não publicou o chamamento público para manifestações de interesse - o que deve ocorrer ainda nesta semana.

Em entrevista ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, o presidente da CCR, Renato Vale, disse que a companhia também tem interesse em mais linhas do metrô paulistano. Em especial, nas linhas 6 e 20, cujos editais estão às vésperas da publicação. A empresa já controla a Linha 4-Amarela, que sofre com superlotação no horário do rush. "Demanda em São Paulo não é um problema", afirmou.

Além dos projetos na capital paulista, a companhia acompanha oportunidades de mobilidade urbana em Salvador e no Rio. "Existe muita coisa em infraestrutura, o que, se acontecer, vai ocasionar um desafio de demanda. Vai ter muito consumo de energia, cimento, aço, asfalto, gente... Mas achamos que é por aí mesmo".

A CCR também já começou a se preparar para os polpudos contratos de concessões federais. Entre eles, os aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), que já tiveram concessão anunciada pela presidente Dilma Rousseff e demandam investimentos totais de R$ 11,4 bilhões. "Estudamos os dois", informou o executivo.

A companhia está em busca de uma nova parceira internacional, pois a suíça Flughafen Zürich, que participou com a brasileira na última rodada aeroportuária, não tem qualificação suficiente para disputar o próximo leilão - de acordo com as exigências anunciadas pelo governo, a operadora suíça não tem o número mínimo exigido de passageiros movimentados ao ano, estabelecido em 35 milhões. Vale disse que não é permitido que a CCR seja a única operadora do consórcio, mas que ela ainda pode integrar a sociedade. "Estamos procurando [outros] parceiros, com conversas avançadas", afirmou.

A companhia ainda dedica atenção às nove licitações federais deste ano no setor rodoviário - com investimento total de R$ 42 bilhões, sendo R$ 23,5 bilhões nos cinco primeiros anos de contrato. Os estudos internos da CCR sobre os dois primeiros empreendimentos a serem leiloados, as BRs 040 e 116, serão fechados na próxima semana. "Vamos estudar todos. Por enquanto, estamos sozinhos, mas abertos a sociedades", disse.

Apesar da quantidade de oportunidades, o presidente afirmou que há capital disponível para os investimentos e que aquisições não estão descartadas. "Em logística, estamos há três ou quatro anos tentando identificar uma oportunidade clara nesse sentido. Ainda não identificamos, mas infraestrutura é assim mesmo, um negócio a longo prazo".

Se considerados apenas os negócios atuais, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) deve dobrar até 2016, para um número entre R$ 5,5 bilhões e R$ 6,5 bilhões. Os investimentos devem se manter acima de R$ 1 bilhão ao ano, levando em conta desembolsos para a concessão viária Transolímpica, no Rio, e a compra de 15 trens para a linha do metrô paulistano, controlada pela companhia.