sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Quem está falando a verdade
Quem está falando sinceramente ? Se existia um acordo, que acordo era esse ? Até os funcionários reclamarem, o ministro estava de acordo com o apresentado pelas empresas. É difícil se criar um maior grau de confiança nos interlocutores nesse caso. Para o caso dos consumidores, a pressão que se pode fazer é o boicote aos produtos da marca, mas isso para os funcionários pode ser pior. Então vem a figura do governo com seus instrumentos e como isso sempre será um mistério, só o tempo irá mostrar a verdade, mas até lá o lado mais fraco, os funcionários irão pagando a conta.
Mantega diz que não vai 'tolerar' demissões em setores com IPI reduzido
Por O Globo (economia.online@oglobo.com.br) | Agência O Globo – 38 minutos atrás
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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que não irá "tolerar" demissões em setores beneficiados pela redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI). A declaração foi dada nesta sexta-feira por meio de sua assessoria de imprensa. Segundo a Fazenda, Mantega avalia que fazer demissões seria um descumprimento do acordo firmado com os setores que receberam o benefício.
Um dos setores beneficiados pela redução é o automotivo. O benefício, anunciado no ano passado, está previsto para terminar em 31 de agosto, e as empresas vêm pedindo ao governo que prorroguem o desconto.
Na terça-feira, o ministro disse que o governo admitia cortes no setor, desde que o saldo (diferença entre admissões e demissões) fosse positivo. Após receber representantes das montadoras, Mantega chegou a se dizer satisfeito com os números apresentados pelos executivos.
Os metalúrgicos reagiram a essas declarações do ministro. Na quinta, os operários da General Motors (GM) de São José dos Campos interditaram a Rodovia Presidente Dutra e pararam a produção de todo o complexo industrial durante o dia. No protesto, cartazes mandavam Mantega se calar. Uma carta relatando o que está acontecendo na fábrica já foi enviada à presidente. No documento, o sindicato se queixou das "declarações desastradas" do ministro, "entendidas pela GM como uma autorização para demitir".
Nesta semana, representantes das montadoras estiveram no Ministério da Fazenda para pedir a prorrogação da redução de IPI, que vem permitindo manter as vendas de veículos em alta. Depois de receber representantes do setor automotivo na segunda-feira, Mantega fez um balanço positivo da redução do IPI nas vendas de veículos e negou que o pacto pela manutenção dos empregos esteja sendo descumprido pelas montadoras. Na data, Mantega reafirmou que não está "em cogitação", nesse momento, ampliar a vigência da redução do IPI.
Ele disse que o problema na fábrica da GM em São José dos Campos (SP), que ameaça demitir funcionários, é localizado e que não cabe ao Ministério interferir na administração interna das empresas. Mantega afirmou que o importante seria a manutenção da diferença entre demissões e contratações, que não poderia resultar em saldo negativo, com mais demissões.
Segundo o ministro, desde maio, quando o benefício foi anunciado, as vendas de veículos saíram de 280 mil para 353 mil em junho e que julho será o melhor mês de toda a série do setor para o período, em torno de 360 mil.
A redução do IPI também vigora para produtos da linha branca (como máquinas de lavar roupas, tanquinhos e geladeiras) e para outros setores.
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