O
Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1% entre setembro e
outubro, passando de 105 para 106 pontos, segundo a FGV (Fundação
Getúlio Vargas). A pontuação é superior à media dos últimos cinco anos e
a maior desde junho do ano passado, quando estava em 107,1 pontos.
Na comparação com outubro do ano passado, o ICI registrou aumento de 4,8%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) passou
de 84,1% para 84,2% outubro, também o maior patamar desde junho de 2011 e
mantendo-se acima da média pelo terceiro mês consecutivo. Na leitura
prévia, divulgada
na semana passada, o índice de confiança do setor tinha mostrado alta
de 1,3% e nível de utilização da capacidade instalada de 84,3%.
Segundo a FGV, os resultados sinalizam a continuidade da recuperação gradual na indústria e a evolução do ICI em outubro foi influenciada principalmente pela melhora das avaliações em relação ao atual momento da economia.
O Índice da Situação Atual (ISA) avançou 1,7%, para 106,8 pontos,
maior valor desde julho de 2011. O Índice de Expectativas (IE) avançou
0,3%, para 105,2 pontos, permanecendo acima da média dos últimos cinco
anos.
O indicador de nível de estoques foi o que mais contribuiu para o
crescimento do ISA. Entre setembro e outubro, a parcela de empresas com
estoques excessivos recuou de 6,1% para 5,6%, enquanto a proporção de
empresas com estoques insuficientes aumentou de 2,1% para 4,1%.
Esse resultado, segundo a instituição, é compatível com um quadro de normalidade de estoques na média da indústria.
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
O indicador de expectativas sobre a contratação de mão de obra nos
próximos meses registrou o maior impacto sobre o IE no mês, com alta de
1,7% em relação a setembro, passando de 109,9 para 111,8 pontos.
Apesar do avanço dentro da margem, o indicador do quesito continua
em nível relativamente baixo e mostra que o ritmo de contratações da
indústria ainda não foi significativamente influenciado pela aceleração
da atividade do setor nos últimos meses.
A proporção de empresas que esperam aumentar o total de pessoal
ocupado passou de 20,3% para 24,5%. A parcela das empresas que esperam
diminuir a contratação também aumentou, só que em menor magnitude: de
10,4% para 12,7%.
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