Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande demanda a contratação imediata de 610
trabalhadores para atuar nas obras civis para implantação do Veículo
Leve sobre Trilhos (VLT). Para agilizar a contratação e priorizar a mão
de obra local, o consórcio iniciou nesta quarta-feira (24.10) em Cuiabá,
o cadastramento de trabalhadores, que segue até o dia 1° de novembro.
As vagas são para pedreiro, armador, carpinteiro, eletricista,
encanador, soldador, montador, servente, ajudante e encarregado.
O cadastramento e a seleção estão sendo realizados em quatro Centros de
Referência e Assistência Social (Cras), localizados nos bairros Pedra
90, Nova Esperança, Tijucal e Getúlio Vargas, das 8h às 17h. A ação é
executada em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego (SRTE), Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) e
Secretaria Municipal de Assistência Social e Consórcio Santa Bárbara e
Mendes Junior, responsável pela construção da Arena Pantanal.
Fernando Orsini, gerente de Contrato do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea
Grande afirma que esta é a primeira ação em parceria com a SRTE e a
Secopa para contratação de mão de obra, o que tende a se intensificar
com o aumento no número das frentes de trabalho. “Nesta fase precisamos
de 610 trabalhadores, principalmente de pedreiros, carpinteiros e
ajudantes/serventes. Até o pico das obras, que será de julho a setembro
de 2013, o consórcio deverá contratar 4 mil trabalhadores”. Hoje emprega
cerca de 100 pessoas diretamente e gera outros 400 postos de trabalho
indiretos, considerando apenas as obras civis.
Orsini complementa dizendo que o objetivo do Consórcio é esgotar a
oferta de mão de obra em Cuiabá e Várzea Grande, valorizando o bom
profissional local que terá orgulho de participar de tão importante obra
nos dos municípios, para daí partir para os municípios do interior de
Mato Grosso e outros estados do país. Atualmente, as frentes de trabalho
se concentram no Km Zero, em Várzea Grande e no trevo da Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT).
Com a liberação da Licença de Instalação do VLT outras terão início em
trechos por onde passará o novo modal de transporte, que inclui a via
permanente da FEB e a trincheira Dom Orlando Chaves (em Várzea Grande), e
avenidas do CPA, Fernando Correa da Costa e 15 de Novembro (em Cuiabá).
Superintendente do Trabalho e Emprego em Mato Grosso, Valdiney Arruda,
afirma que o projeto de contratação de trabalhadores segue o modelo do
governo federal, que tem o objetivo de aproximar as empresas dos
trabalhadores desempregados. Afirma ainda que serão oferecidos cursos de
qualificação tanto pela superintendência quanto pelas empresas
contratantes. “E para aqueles que não forem contratados nesta fase será
oferecido curso de qualificação do Programa Nacional de acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec)”.
Para o secretário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, a medida é uma
oportunidade de aproximar o trabalhador das empresas responsáveis pelas
obras que vão transformar Cuiabá e Várzea Grande. “Já temos uma
experiência com a contratação de egressos do trabalho escravo e do
sistema prisional na construção da Arena Pantanal e estamos ampliando ao
VLT e outras obras da Copa. É um processo de inclusão social dessas
pessoas”.
Consórcio Santa Bárbara e Mendes Junior já tem experiência neste tipo de
parceria há um ano e meio, e segundo o gerente de Contrato do
Consórcio, Eymard Timponi França, vem dado certo. “Precisamos suprir a
deficiência de mão de obra em Cuiabá, e priorizamos a mão de obra
local”, diz ao complementar que são ofertados 50 postos de trabalho.
Atualmente a construção da Arena Pantanal emprega 740 trabalhadores
direta e indiretamente e a tendência é aumentar à medida que s
atividades avançam.
A coordenadora de Políticas Sociais da Secretaria Municipal de
Assistência Social, Cristiane Almeida, afirma que os trabalhadores
interessados nas vagas devem comparecer aos Cras com documentos
pessoais, incluindo carteira de trabalho. “Nosso objetivo é aproveitar
essa mão de obra existente nos bairros, encaminhando ao emprego e
reduzindo a vulnerabilidade social”.
Quem não perdeu tempo e se cadastrou a uma das vagas foi o eletricista
desempregado Alessandro Melo da Silva, 29. Ele mora no bairro Jardim
Industriário e ouviu no carro de som a oportunidade de emprego. “Estou
fora do mercado formal há mais ou menos um ano e agora tenho a chance de
ter a carteira assinada”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário