Sem fazer juízo do mérito da questão, a pergunta que fica é : o consumidor tem um contrato assinado com uma empresa para prestação de serviço. Nos casos de não pagamento, fica bem claro qual a penalização que o consumidor sofre, suspensão ou mesmo cancelamento do contrato. Mas quando o serviço que deve ser prestado não é disponibilizado devido a descredenciamento de médicos e hospitais, demora na marcação de consultas e etc.. qual a contrapartida que a prestadora de serviço sofre ?
Sindical
Em protesto, médicos de planos de saúde programam outra paralisação
Da Redação (Jornal A Tribuna)
Os médicos do Estado de São Paulo decidiram, em reunião na Associação Paulista de Medicina (APM), na Capital, não atender pacientes de planos de saúde no próximo dia 6 de setembro. A medida vale para consultas, exames e demais procedimentos eletivos (marcados). O atendimento será mantido em casos graves, de urgência e emergência.
Apesar de a decisão ter validade estadual, ainda não é possível saber se os profissionais da Baixada Santista vão aderir ao protesto. O Sindicato dos Médicos de Santos (Sindimed) é a favor da iniciativa, mas afirma depender da realização de uma plenária na região para confirmar a participação. Já a presidente regional da APM, Lourdes Teixeira Henriques, foi procurada pela Reportagem mas não quis comentar o assunto.
Motivos
A paralisação de um dia é um protesto contra a baixa remuneração dos médicos por parte das empresas de planos de saúde. “Eles (os planos) cobram caro demais (dos clientes) e pagam muito mal os médicos. E se negam a reajustar ou dão reajustes que não contemplam as nossas necessidades”, afirma o presidente da APM Estadual, Florisval Meinão.
Ele exemplifica dizendo que os médicos recebem aproximadamente R$ 2 mil por uma cirurgia de hérnia particular, enquanto os planos pagam em torno de R$ 140 pelo mesmo procedimento.
Para o presidente, o mínimo que as empresas deveriam fazer é cumprir uma tabela de valores que já existe. Por ela, a cirurgia de hérnia renderia perto de R$ 400 ao profissional.
Segundo o representante da APM, as tentativas de acordo com as operadoras já duram sete meses. “Houve propostas que não atenderam às nossas solicitações”. Outra questão apontada pela associação é a constante pressão dos planos de saúde para que os médicos não façam muitos pedidos de exames ou internação de pacientes em hospitais mais caros, que custem mais para as empresas. “É claro que os planos vão negar essa prática, mas fazem com certeza”.
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