BC aumenta estimativa de inflação

Fonte : Band.com.br

A previsão do Banco Central é fechar em 5,2% ainda neste ano; projeção de crescimento da economia é reduzida para 1,6%


A inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), deve fechar este ano em 5,2%, segundo projeção do BC (Banco Central), divulgada nesta sexta-feira no Relatório de Inflação.

Essa estimativa faz parte do chamado “cenário de referência” e está 0,5 ponto percentual maior do que a expectativa do BC divulgada em junho. Para 2013, a expectativa é que a inflação recue para 4,9%. Já no final do terceiro trimestre de 2014, o IPCA em 12 meses deve ficar em 5,1%, de acordo com a estimativa.

Para elaborar as projeções do "cenário de referência", o BC levou em consideração a taxa básica de juros, a Selic – em 7,5% (atual valor) - e a taxa de câmbio, em R$ 2,05.

O relatório traz ainda a projeção do “cenário de mercado”. Nesse caso, são consideradas as projeções de instituições financeiras para a taxa Selic e o câmbio.

No cenário de mercado, a previsão para a inflação é igual à estimativa do cenário de referência (5,2%). Para 2013, a projeção é 4,8%. E no final do terceiro trimestre de 2014, a inflação em 12 meses deve chegar a 5%.

As estimativas para a inflação estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%, mas abaixo do limite superior de 6,5%.

Crescimento da economia

O Banco Central reduziu a estimativa para o crescimento da economia este ano. A projeção para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 2,5% para 1,6%.

Em junho, a projeção para o crescimento da economia em 2012 já tinha sido revisada de 3,5% para 2,5%.

O governo tem adotado uma série de medidas para estimular a economia em ritmo mais lento. Foram adotadas medidas de estímulo ao consumo e ao investimento. Além disso, Copom (o Comitê de Política Monetária) do BC tem reduzido a taxa básica de juros, a Selic, desde agosto de 2011. Na última reunião, no dia 29 de agosto deste ano, a Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual para 7,5% ao ano.