sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Rapaz de 21 anos clona cartões e roda o mundo
Estelionatário preso em Brasília alugou até jato para ir de Londres a Nova York por US$ 40 mil
Fonte : DIÁRIO DE S. PAULO
Ao gastar R$ 12 mil em diária e bebidas em hotel de luxo de Brasília, Douglas Augusto de Lima Souza, de 21 anos, despertou a atenção dos funcionários do estabelecimento, que acionaram a polícia. Ao ser interrogado, o jovem confessou que pagava as contas com cartões corporativos furtados. A polícia acredita que mais de 400 empresas podem ter sido alvo do jovem e de seu grupo, que seria formado por mais seis pessoas dos Estados Unidos. O prejuízo ainda não foi calculado.
A polícia informou que Douglas se passava por funcionário de uma empresa com sede em Londres e usava o cartão corporativo falso com a numeração do cartão de uma firma em São Paulo. Ele contou que é goiano e que havia três anos morava sozinho nos Estados Unidos. Lá, teria cursado faculdade de sistemas de informação. Sem dinheiro, Douglas criou com seis amigos uma companhia fictícia para sustentar o golpe. O delegado Ailton Rodrigues afirmou que Douglas usava cartões de crédito corporativos, com bandeira internacional, para pagar despesas de luxo.
tudo virtual/ As transações eram feitas todas pela internet. “São cartões de crédito virtuais. Na verdade, é uma autorização que existe para as despesas. Ele chegou a relatar que fretou um jato de Londres a Nova York por US$ 40 mil.” De acordo com a investigação, após o uso do cartão pelo verdadeiro dono, o grupo rastreava a troca de informações e furtava os números de identificação, além do código de segurança. Em seguida, armazenava esses dados. O procedimento era feito contra grandes empresas.
O rapaz enviava uma solicitação pela internet e fazia o pedido de reserva nos hotéis e nos voos. Na solicitação constava o número do cartão. “Ele colocava um telefone da tal empresa. Se fosse realizada uma consulta por parte do hotel, por exemplo, essa ligação ia direto para o computador dele. Ele mesmo atendia a ligação”, explicou o delegado.
No computador de Douglas há várias fotos de viagens pelo exterior. Durante dois anos, ele conheceu o mundo e deu festas. Até um cartão de agradecimento com o emblema da Casa Branca, supostamente assinado pelo casal Obama, aparece nas recordações do golpista.
Douglas tentou negar os golpes. “Quando viu que já não tinha mais jeito, disse: ‘Eu pratico esse tipo de manobra, mas meu objetivo é só divertimento’. Mas não existe crime perfeito”, afirmou o delegado Ailton.
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