Interessante, ou eu não observei ou realmente ainda não saiu na grande mídia. Depois querem que a população no geral recolham os seus impostos, lembre-se "o exemplo tem vir de cima, para poder ser cobrado com a devida razão".
eufariassim
Fonte : http://www.jornalpequeno.com.br/
Sem alarde, um grupo de senadores que diz ter pago do próprio bolso o Imposto de Renda não recolhido sobre os 14º e 15º salários dos parlamentares usou uma brecha para quitar um valor menor com a Receita Federal. Por orientação do Senado, eles repassaram o dinheiro para uma conta única do Tesouro Nacional e deixaram de pagar quase a metade do débito, sem multa e correção – repassando os recursos pendentes para serem quitados pela instituição.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) está entre os que usaram a brecha. O petista admite que sua dívida era superior a R$ 90 mil, mas pagou R$ 49,9 mil aos cofres públicos – excluídos juros e multa. “Eu paguei o valor do importo, sem multa e correção. Foi orientação da diretoria-geral do Senado passar o dinheiro para essa conta”, disse.
O nome do parlamentar foi identificado porque ele divulgou, em nota, que havia repassado o dinheiro para o Senado.
A Casa afirma que “até o momento apenas um senador recolheu diretamente ao Senado o referido Imposto de Renda em valor estabelecido pelo próprio senador”. Mas técnicos da instituição confirmam, nos bastidores, que outros parlamentares usaram a mesma estratégia.
O comando do Senado não informa os nomes dos demais parlamentares por considerar que as informações são de “caráter pessoal e protegidas legalmente por sigilo fiscal”.
“À diretoria-geral do Senado cumpre apenas agir institucionalmente, conforme os limites estabelecidos na referida norma [de pagamento do imposto]”, diz nota divulgada pela Casa.
Alguns parlamentares foram pessoalmente à Receita negociar o débito e dividi-lo em parcelas mensais para quitar a dívida. Os que fizeram a negociação direta pagaram os juros e as multas incidentes sobre o valor da dívida.
A instituição gastou R$ 5 milhões para quitar dívida dos senadores. O gasto é referente ao débito de 119 senadores e ex-senadores que não recolheram o imposto entre os anos de 2007 e 2011.
A Casa diz, oficialmente, que não recolheu o imposto porque entendia que o 14º. e 15º. salários eram “ajuda de custo”, e não uma remuneração tributada. O Senado decidiu pagar o débito em juízo – para recorrer à Justiça posteriormente na tentativa de reaver o dinheiro.
Os parlamentares que assumiram o mandato este ano não têm as dívidas porque não estavam na Casa no período da cobrança.
Desgaste – O número de senadores que diz ter pago a dívida com a Receita subiu de 46, na segunda-feira, para 54 – número totalizado hoje pelo comando da Casa. Com o desgaste de deixar a conta para os contribuintes, alguns parlamentares decidiram posteriormente pagar a dívida.
Os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Davim (PSDB-SC), Inácio Arruda (PCdoB-CE), Ivo Cassol (PP-RO), Francisco Dornelles (PP-RJ) e os ex-senadores Roseana Sarney (PMDB-MA) e Serys Slhessarenko (PT-MT) informaram ao comando do Senado entre segunda e quinta-feira que pagaram as dívidas.
A bancada do PT registra o maior número de parlamentares que deixou para o Senado pagar a conta do imposto não recolhido. Dos 10 senadores do PT, apenas quatro quitaram os débitos com a Receita Federal por conta própria. Os senadores Paulo Paim (RS), Angela Portela (RR), Aníbal Diniz (AC), Delcídio do Amaral (MS), Humberto Costa (PE) e Jorge Viana (AC) não manifestaram a intenção de pagar o imposto.
No PMDB, que tem 20 senadores, seis também não vão pagar o débito: Roberto Requião (PR), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Garibaldi Alves (RN), João Alberto Souza (MA) e Lobão Filho (MA). Veja abaixo a lista de quem comunicou ao Senado que vai pagar o Imposto de Renda:
Senadores que vão pagar o Imposto de Renda
Aécio Neves (PSDB-MG)
Alfredo Nascimento (PR-AM)
Aloizio Mercadante (PT-SP)
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Ana Amélia Lemos (PP-RS)
Ana Rita (PT-ES)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Blairo Maggi (PR-MT)
Casildo Maldaner (PMDB-SC)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cícero Lucena (PSDB-PB)
Clésio Andrade (PMDB-MG)
Cyro Miranda (PSDB-GO)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Francisco Dornelles (PP-RJ)
Gim Argello (PTB-DF)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Inácio Arruda (PCdoB-CE)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
João Tenório (ex-senador)
José Agripino (DEM-RN)
José Pimentel (PT-CE)
José Sarney (PMDB-AP)
Kátia Abreu (PSD-TO)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC)
Marco Antonio Costa (PSD-TO)
Marco Maciel (ex-senador)
Marina Silva (PV-AC)
Marta Suplicy (PT-SP)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Paulo Davim (PSDB-SC)
Pedro Simon (PMDB-RS)
Pedro Taques (PDT-MT)
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)
Regis Fichtner (ex-senador)
Ricardo Ferraço (PMDB-ES)
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
Roseana Sarney (ex-senadora)
Sérgio Souza (PMDB-PR)
Serys Slhessarenko (ex-senadora)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Vital do Rêgo (PMDB-PB)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Walter Pinheiro (PT-BA)
Wellington Dias (PT-PI)
domingo, 2 de dezembro de 2012
VLT de Cuiabá
Fonte : 

Viaduto da Sefaz: obras terão início até 20 de dezembro, segundo a Secopa
Considerada a quarta frente de obras para implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Grande Cuiabá, o Viaduto da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), na Avenida do CPA (Historiador Rubens de Mendonça), deverá ter início até o dia 20 deste mês. A informação é da Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo).
O processo de supressão e transplantes das árvores do canteiro central da Avenida do CPA já teve início há semanas e um canteiro de obras já foi montado ao lado do Monumento Ulisses Guimarães (em frente ao Shopping Pantanal), pelo Consórcio VLT Cuiabá – responsável pela implantação do metrô de superfície.


Viaduto da Sefaz: obras terão início até 20 de dezembro, segundo a Secopa
Considerada a quarta frente de obras para implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Grande Cuiabá, o Viaduto da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), na Avenida do CPA (Historiador Rubens de Mendonça), deverá ter início até o dia 20 deste mês. A informação é da Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo).
O processo de supressão e transplantes das árvores do canteiro central da Avenida do CPA já teve início há semanas e um canteiro de obras já foi montado ao lado do Monumento Ulisses Guimarães (em frente ao Shopping Pantanal), pelo Consórcio VLT Cuiabá – responsável pela implantação do metrô de superfície.

Avenida do CPA: Via será a próxima a sofrer interdições para execução das obras da Copa
As obras no local irão resultar em mais interdições no trânsito da Capital.
Apesar da rota de desvio ainda estar sob análise da SMTU (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos), a pasta já adiantou ao MidiaNews que a pista que faz o sentido CPA-Centro deverá ser totalmente bloqueada entre a Fecomércio (próximo à Praça das Bandeiras) até à sede da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda).
A pista contrária, que faz o sentido Centro-CPA, funcionará com fluxo reduzido, segundo a Secopa, pois deverá ter uma de suas faixas suprimidas para garantir a segurança dos operários durante a obra.
A rota oficial de desvio ainda não foi divulgada, mas a proposta montada pelo Consórcio VLT Cuiabá fará com que os veículos trafeguem pelas ruas do Centro Político Administrativo.
Porém, como o trânsito no local já é intendo normalmente, principalmente nos horários de pico, a ideia que está sendo estudada pela Secopa é de que seja invertido o binário das ruas que passam ao lado da Praça das Bandeiras.
Dessa forma, a rua que passa em frente à sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso), por onde os motoristas sobem ao CPA atualmente, se tornaria descida de quem saísse do Centro Político em direção à Avenida do CPA.
Da mesma forma, a rua paralela que apenas aceita o fluxo que desce para a avenida principal seria transformado em subida.
A obra

Viaduto da UFMT: obra avança no período noturno e começa a tomar forma na avenida
O viaduto da Sefaz terá o formato de uma ferradura e 278 metros de extensão. O objetivo da obra é solucionar o conflito de trânsito existente no local atualmente, principalmente nos horários de pico, como o início da manhã e o final da tarde.
De acordo com o consórcio responsável pela construção do viaduto, essa será uma obra de arte especial, que terá duração de no máximo oito meses para ser concluída. No entanto, a implantação da via permanente do VLT deverá demandar um tempo maior de intervenções na via, provavelmente até o início de 2014.
Outras frentes de trabalho
Atualmente, duas obras de arte englobadas no pacote bilionário de implantação do VLT na Grande Cuiabá já estão em andamento: a construção da Trincheira do KM Zero, na Avenida da FEB, em Várzea Grande, e as obras do Viaduto da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.
Reconhecimento da Palestina
Apesar de que mesmo sendo membro efetivo da ONU não significa nada, dado a realidade do poder exercido por diminuto grupo de paíse, quanto mais o de Observador. Mas será que se um grupo de paíse também resolver criar uma "resolução" de rejeição ao reconhecimento do Holocausto judeu na segunda Guerra, Israel vai dizer o que?
eufariassim
Fonte : Portal Terra
O Conselho de Ministros de Israel, presidido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, adotou hoje uma resolução oficial de rejeição ao reconhecimento da Palestina pela ONU como estado observador.
"Rejeitamos a resolução 67/191 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 29 de novembro de 2012", diz o artigo 1º do texto aprovado de forma unânime pelos ministros do governo israelense.
Na primeira reunião desde que a Assembleia Geral concedeu o status de Estado não membro à Palestina em uma histórica votação na quinta-feira, os ministros israelenses defenderam "o direito natural, histórico e legal do povo judeu a sua terra e a sua capital eterna, Jerusalém".
"O Estado de Israel, como Estado do povo judeu, tem o direito de reivindicar os territórios em disputa na Terra de Israel", acrescenta o texto.
Os ministros israelenses resolveram rejeitar tanto o conteúdo geral da resolução internacional como suas possíveis consequências legais e políticas, entre elas a de que possa servir de marco para futuras negociações de paz.
A ONU reconheceu ao povo palestino o direito à autodeterminação e à independência "nas fronteiras de 1967", uma formulação que o governo de Netanyahu considerou inválida.
"A resolução da Assembleia (...) não concede nenhum direito (aos palestinos) na Terra de Israel, nem os tira do Estado de Israel e do povo judeu", diz o ponto 3.
Em seu habitual pronunciamento ao inaugurar a sessão semanal do governo, Netanyahu insistiu nas ideias que apresentou na última semana - de que os palestinos cometeram uma "flagrante violação" dos Acordos de Oslo ao comparecerem à ONU na busca de reconhecimento, e afirmou que não será criado um Estado palestino "sem um acordo que garanta a segurança dos israelenses".
"Não será criado um Estado palestino até que Israel seja reconhecido como o Estado do povo judeu e (..) até que os palestinos não declarem o final do conflito (com Israel)", proclamou.
Na sexta-feira, em uma primeira reação à votação na ONU, Israel aprovou a construção de 3 mil novas casas em territórios ocupados desde 1967, e hoje Netanyahu declarou que Israel continuará construindo "em Jerusalém e em qualquer lugar que estiver dentro do mapa de interesse estratégico de Israel".
A declaração israelense, que tem a validade de qualquer outra decisão do governo, aconteceu enquanto milhares de palestinos esperavam em Ramala o presidente Mahmoud Abbas, que hoje voltou à região recebido pelo entusiasmo de seu povo.
eufariassim
Fonte : Portal Terra
O Conselho de Ministros de Israel, presidido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, adotou hoje uma resolução oficial de rejeição ao reconhecimento da Palestina pela ONU como estado observador.
"Rejeitamos a resolução 67/191 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 29 de novembro de 2012", diz o artigo 1º do texto aprovado de forma unânime pelos ministros do governo israelense.
Na primeira reunião desde que a Assembleia Geral concedeu o status de Estado não membro à Palestina em uma histórica votação na quinta-feira, os ministros israelenses defenderam "o direito natural, histórico e legal do povo judeu a sua terra e a sua capital eterna, Jerusalém".
"O Estado de Israel, como Estado do povo judeu, tem o direito de reivindicar os territórios em disputa na Terra de Israel", acrescenta o texto.
Os ministros israelenses resolveram rejeitar tanto o conteúdo geral da resolução internacional como suas possíveis consequências legais e políticas, entre elas a de que possa servir de marco para futuras negociações de paz.
A ONU reconheceu ao povo palestino o direito à autodeterminação e à independência "nas fronteiras de 1967", uma formulação que o governo de Netanyahu considerou inválida.
"A resolução da Assembleia (...) não concede nenhum direito (aos palestinos) na Terra de Israel, nem os tira do Estado de Israel e do povo judeu", diz o ponto 3.
Em seu habitual pronunciamento ao inaugurar a sessão semanal do governo, Netanyahu insistiu nas ideias que apresentou na última semana - de que os palestinos cometeram uma "flagrante violação" dos Acordos de Oslo ao comparecerem à ONU na busca de reconhecimento, e afirmou que não será criado um Estado palestino "sem um acordo que garanta a segurança dos israelenses".
"Não será criado um Estado palestino até que Israel seja reconhecido como o Estado do povo judeu e (..) até que os palestinos não declarem o final do conflito (com Israel)", proclamou.
Na sexta-feira, em uma primeira reação à votação na ONU, Israel aprovou a construção de 3 mil novas casas em territórios ocupados desde 1967, e hoje Netanyahu declarou que Israel continuará construindo "em Jerusalém e em qualquer lugar que estiver dentro do mapa de interesse estratégico de Israel".
A declaração israelense, que tem a validade de qualquer outra decisão do governo, aconteceu enquanto milhares de palestinos esperavam em Ramala o presidente Mahmoud Abbas, que hoje voltou à região recebido pelo entusiasmo de seu povo.
PIB Brasileiro 2012
Pelo visto no fim as nossas provisões de 1,5%, que no início pareciam " muito aquém" do que se previa por setores do governo, acabo sendo "otimista demais", perante o que se está constatando. Na verdade sem as devidas medidas estruturais, viveremos de soluções pontuais e de efeito de curto prazo. O rumo em si não está totalmente errado, mas ainda temos muito que se alterar de verdade.
eufariassim
Fonte: http://www.opovo.com.br/jornaldehoje/

A economia brasileira cresceu 0,6% no terceiro trimestre em comparação com o dado imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento chegou a 0,9%. Os dados fazem parte das Contas Nacionais Trimestrais divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto alcançou R$ 1,098 trilhão.
Com os 0,6%, a economia brasileira registrou desempenho inferior ao de países como China (2,2%), Chile (1,4%) e Venezuela (3,6%). O crescimento foi o mesmo registrado pela Suíça. Economias robustas, como Portugal, Itália e Espanha mostraram que ainda não se recuperaram da crise financeira internacional, registrando variação negativa de 0,8%, 0,2% e 0,3%, respectivamente, na comparação com o segundo trimestre. O índice, contudo, é melhor do que o registrado no trimestre passado, quando as nações registraram resultado negativo de 1,2%, 0,7% e 0,4%.
Reação
O ministro da Fazenda, Guido Mantega afirmou que está satisfeito com a reação da economia brasileira, mas prevê um avanço mais intenso no próximo trimestre. “O resultado poderia ser melhor, mas temos de olhar o que está acontecendo na economia. O resultado não mostra toda reação”.
Ele atribuiu o resultado do PIB abaixo do esperado, tanto pelo governo como para analistas, devido à estagnação do setor de serviços. “O setor representa mais de 60% do PIB”., afirmou o ministro.
Embora o comércio tenha crescido 0,4%, as transações financeiras caíram 1,1%. “Isso explicado pela menor oferta de crédito dos bancos e pela redução do ‘spread’, um fato que é positivo em um primeiro momento acaba tendo um efeito negativo (no PIB)”, disse.
Para a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, esse é o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2011 e demonstra que o Brasil está retomando o crescimento. “Acredito que as medidas que foram tomadas durante o ano começam a dar resultado”, disse. Segundo a ministra, a atual situação permite ao governo acreditar que o país crescerá 4% no ano que vem. (das agências)
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O baixo desempenho do PIB pode ser atribuído ao setor de serviços, que normalmente é o de maior peso na economia brasileira. Desta vez o setor ficou estável na mesma base de comparação.
eufariassim
Fonte: http://www.opovo.com.br/jornaldehoje/
A economia brasileira cresceu 0,6% no terceiro trimestre em comparação com o dado imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento chegou a 0,9%. Os dados fazem parte das Contas Nacionais Trimestrais divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto alcançou R$ 1,098 trilhão.
Com os 0,6%, a economia brasileira registrou desempenho inferior ao de países como China (2,2%), Chile (1,4%) e Venezuela (3,6%). O crescimento foi o mesmo registrado pela Suíça. Economias robustas, como Portugal, Itália e Espanha mostraram que ainda não se recuperaram da crise financeira internacional, registrando variação negativa de 0,8%, 0,2% e 0,3%, respectivamente, na comparação com o segundo trimestre. O índice, contudo, é melhor do que o registrado no trimestre passado, quando as nações registraram resultado negativo de 1,2%, 0,7% e 0,4%.
Reação
O ministro da Fazenda, Guido Mantega afirmou que está satisfeito com a reação da economia brasileira, mas prevê um avanço mais intenso no próximo trimestre. “O resultado poderia ser melhor, mas temos de olhar o que está acontecendo na economia. O resultado não mostra toda reação”.
Ele atribuiu o resultado do PIB abaixo do esperado, tanto pelo governo como para analistas, devido à estagnação do setor de serviços. “O setor representa mais de 60% do PIB”., afirmou o ministro.
Embora o comércio tenha crescido 0,4%, as transações financeiras caíram 1,1%. “Isso explicado pela menor oferta de crédito dos bancos e pela redução do ‘spread’, um fato que é positivo em um primeiro momento acaba tendo um efeito negativo (no PIB)”, disse.
Para a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, esse é o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2011 e demonstra que o Brasil está retomando o crescimento. “Acredito que as medidas que foram tomadas durante o ano começam a dar resultado”, disse. Segundo a ministra, a atual situação permite ao governo acreditar que o país crescerá 4% no ano que vem. (das agências)
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O baixo desempenho do PIB pode ser atribuído ao setor de serviços, que normalmente é o de maior peso na economia brasileira. Desta vez o setor ficou estável na mesma base de comparação.
VLT do Rio de Janeiro
Fonte : http://www.mobilize.org.br/
Autor: Luiz Ernesto Magalhães

Simulação mostra como ficaria o VLT na Avenida Rio Branco
As obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará a Zona Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont devem começar ainda no primeiro semestre de 2013. O projeto da prefeitura, que será executado numa parceria público-privada (PPP), prevê a implantação do sistema por etapas, com a gradual substituição dos ônibus que circulam na região pelos bondes modernos.
O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto, Jorge Arraes, disse que o VLT do Rio será o primeiro do mundo totalmente projetado sem catenárias (cabos para captar energia elétrica em fios suspensos). Ele explicou que os bondes recarregarão em dois processos: pela fricção, quando reduzem a velocidade na proximidade das estações, e em capacitores ativados ao pararem nos pontos.
- A Zona Portuária passa por um processo de revitalização. A ausência de catenárias evita a poluição visual causada pelos fios. E, ao mesmo tempo, torna o sistema mais seguro, porque os trilhos não são eletrificados. Nas obras do Porto Maravilha, nós já estamos deixando as canaletas prontas para instalar os trilhos. Nas outras partes do Centro por onde o VLT vai circular, essa atribuição ficará com o consórcio que vencer a licitação - explicou Jorge Arraes.
A primeira fase, entre a futura Vila de Mídia das Olimpíadas (nas imediações da Rodoviária Novo Rio) e a Praça Mauá, deverá ficar pronta até março de 2015. No trimestre seguinte, os trilhos avançariam por toda a Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. A previsão é que o sistema completo esteja em operação no primeiro trimestre de 2016, como parte do pacote de obras de infraestrutura que ficarão como legado das Olimpíadas do Rio. Nessa fase, o serviço passará a ser prestado também com linhas entre a Central e a Praça Quinze, o Santo Cristo e a Candelária, e a Zona Portuária e o Aeroporto Santos Dumont.
Em valores atuais, a tarifa do VLT seria de R$ 1,91, que ficará totalmente com a concessionária. O plano prevê a integração do sistema aos ônibus urbanos, BRTs, trens, metrô e barcas, através do bilhete único. A demanda pelo serviço é estimada em 220 mil passageiros por dia. O VLT foi projetado para circular com carros articulados adaptados para atender a diferentes demandas. Conforme o movimento, cada composição poderá ter de dois a oito carros.
Cada carro terá capacidade para transportar até 400 passageiros, e o intervalo entre os VLTs deverá variar entre 5 e 15 minutos conforme a linha. O custo da obra é estimado em R$ 1,1 bilhão. Deste total, R$ 532 milhões serão recursos federais que virão do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC).
A diferença para o custo final, não apenas da obra, mas também da compra de material rodante e da construção de um centro de manutenção sob a Vila Olímpica da Gamboa, será devolvida pela prefeitura ao consórcio em 15 anos. Ganhará o contrato o concorrente que propuser o menor reembolso por parte do poder público. As regras serão divulgadas hoje com a publicação do edital de concessão do serviço. A concorrência para escolher o consórcio que vai operar as seis linhas e 42 estações distribuídas por 30 quilômetros de vias será no dia 10 de janeiro.
A implantação do sistema interferirá no roteiro de quase 400 linhas municipais e intermunicipais. Elas terão seus percursos reduzidos, podendo ser integradas aos bondes ou até mesmo extintas. Mas esse reordenamento dos coletivos não se deve apenas à implantação do VLT do Centro, mas também à instalação do futuro BRT Transbrasil (Deodoro-Aeroporto Santos Dumont) que o município também espera concluir até o início de 2016.
Jorge Arraes afirma que, na fase de execução das obras, o consórcio terá que discutir com órgãos de patrimônio os projetos dos pontos de embarque e das estações terminais. O objetivo é que os abrigos estejam em harmonia com o entorno. Isso pode evitar a polêmica que ocorre hoje com as estações do metrô.
Autor: Luiz Ernesto Magalhães

Simulação mostra como ficaria o VLT na Avenida Rio Branco
As obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará a Zona Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont devem começar ainda no primeiro semestre de 2013. O projeto da prefeitura, que será executado numa parceria público-privada (PPP), prevê a implantação do sistema por etapas, com a gradual substituição dos ônibus que circulam na região pelos bondes modernos.
O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto, Jorge Arraes, disse que o VLT do Rio será o primeiro do mundo totalmente projetado sem catenárias (cabos para captar energia elétrica em fios suspensos). Ele explicou que os bondes recarregarão em dois processos: pela fricção, quando reduzem a velocidade na proximidade das estações, e em capacitores ativados ao pararem nos pontos.
- A Zona Portuária passa por um processo de revitalização. A ausência de catenárias evita a poluição visual causada pelos fios. E, ao mesmo tempo, torna o sistema mais seguro, porque os trilhos não são eletrificados. Nas obras do Porto Maravilha, nós já estamos deixando as canaletas prontas para instalar os trilhos. Nas outras partes do Centro por onde o VLT vai circular, essa atribuição ficará com o consórcio que vencer a licitação - explicou Jorge Arraes.
A primeira fase, entre a futura Vila de Mídia das Olimpíadas (nas imediações da Rodoviária Novo Rio) e a Praça Mauá, deverá ficar pronta até março de 2015. No trimestre seguinte, os trilhos avançariam por toda a Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. A previsão é que o sistema completo esteja em operação no primeiro trimestre de 2016, como parte do pacote de obras de infraestrutura que ficarão como legado das Olimpíadas do Rio. Nessa fase, o serviço passará a ser prestado também com linhas entre a Central e a Praça Quinze, o Santo Cristo e a Candelária, e a Zona Portuária e o Aeroporto Santos Dumont.
Em valores atuais, a tarifa do VLT seria de R$ 1,91, que ficará totalmente com a concessionária. O plano prevê a integração do sistema aos ônibus urbanos, BRTs, trens, metrô e barcas, através do bilhete único. A demanda pelo serviço é estimada em 220 mil passageiros por dia. O VLT foi projetado para circular com carros articulados adaptados para atender a diferentes demandas. Conforme o movimento, cada composição poderá ter de dois a oito carros.
Cada carro terá capacidade para transportar até 400 passageiros, e o intervalo entre os VLTs deverá variar entre 5 e 15 minutos conforme a linha. O custo da obra é estimado em R$ 1,1 bilhão. Deste total, R$ 532 milhões serão recursos federais que virão do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC).
A diferença para o custo final, não apenas da obra, mas também da compra de material rodante e da construção de um centro de manutenção sob a Vila Olímpica da Gamboa, será devolvida pela prefeitura ao consórcio em 15 anos. Ganhará o contrato o concorrente que propuser o menor reembolso por parte do poder público. As regras serão divulgadas hoje com a publicação do edital de concessão do serviço. A concorrência para escolher o consórcio que vai operar as seis linhas e 42 estações distribuídas por 30 quilômetros de vias será no dia 10 de janeiro.
A implantação do sistema interferirá no roteiro de quase 400 linhas municipais e intermunicipais. Elas terão seus percursos reduzidos, podendo ser integradas aos bondes ou até mesmo extintas. Mas esse reordenamento dos coletivos não se deve apenas à implantação do VLT do Centro, mas também à instalação do futuro BRT Transbrasil (Deodoro-Aeroporto Santos Dumont) que o município também espera concluir até o início de 2016.
Jorge Arraes afirma que, na fase de execução das obras, o consórcio terá que discutir com órgãos de patrimônio os projetos dos pontos de embarque e das estações terminais. O objetivo é que os abrigos estejam em harmonia com o entorno. Isso pode evitar a polêmica que ocorre hoje com as estações do metrô.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Royalties da exploração do petróleo
Fonte : 

Cabral, principal articulador da campanha pelo veto, agradeceu a decisão de Dilma (Foto: Roberto Stuckert Filho. Arquivo Planalto)
NE e Fiesp elogiam decisão de destinar 100% dos royalties de novas concessões para educação e consideram que medida reverte injustiças históricas
São Paulo – A decisão da presidenta Dilma Rousseff de vetar parcialmente o Projeto de Lei 2.565, de 2011, foi elogiada por representantes de estados produtores de petróleo e por entidades da sociedade civil, enquanto parlamentares dos estados não produtores já se organizam para derrubar no Congresso a decisão do Executivo.
Em nota emitida na noite de ontem (30), logo após o anúncio pelos ministros de Dilma, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, agradeceu a decisão de não alterar a distribuição de royalties de petróleo sobre os contratos já assinados. Cabral foi o principal articulador da resistência ao texto aprovado pela Câmara, que desfigurou aquilo que havia sido acordado ainda no governo Lula com os estados produtores. No começo da semana, ele e o prefeito, Eduardo Paes, ambos do PMDB, convocaram uma manifestação que contou com a participação de 200 mil pessoas.
O governador voltou a afirmar, na ocasião, que a organização da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 seriam prejudicadas caso Dilma mantivesse o texto enviado pelo Legislativo. Nos cálculos dele, o estado perderia R$ 2,07 bilhões em 2013, e um total de R$ 77 bilhões até 2020. “O anúncio pelo governo federal de que foram vetados todos os dispositivos do projeto de lei que implicavam em mudanças de regras de contratos já celebrados é a confirmação de que no Brasil vigora o Estado Democrático de Direito. O Rio de Janeiro agradece à presidenta Dilma”, comemora Cabral.
Além do veto parcial, a medida provisória que será editada pelo governo retoma a obrigatoriedade de que 100% dos recursos obtidos com os royalties de todas as concessões realizadas a partir de sua promulgação sejam destinados à educação, assim como 50% dos rendimentos obtidos pelo Fundo Social a ser alimentado com parte dos recursos provenientes da exploração do pré-sal.
“Coerência e coragem foram características desta decisão. Ela preserva contratos e a segurança jurídica”, disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, outro estado que se sentia prejudicado pelo texto aprovado no Congresso. Na opinião dele, a decisão mostra ainda que o Legislativo não pode fazer leis que alterem contratos que já estão em vigor e que isso não será tolerado pelo governo. “O Congresso já recebeu um veto do ex-presidente Lula e agora recebe também da presidenta Dilma. Esses dois vetos apontam claramente o impedimento de rompimento de contratos. O Congresso tem o todo o direito de mudar a distribuição para frente, mas não para trás”, argumentou.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também comemorou o veto ao artigo que mudava a regra de distribuição dos royalties em contratos antigos. “Ela respeita contratos anteriores, mas aceita as regras novas do Congresso Nacional daqui por diante. É uma vitória para a gente, mas também uma postura muito equilibrada”, disse.
Assim como eles, a primeira vice-presidenta da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), apoiou o veto e disse que não há desarmonia entre o os Poderes Executivo e Legislativo. Ela ressaltou que a presidenta Dilma manteve as alterações na distribuição dos royalties nos novos contratos, como determinou o Congresso Nacional. “Todo mundo vai ter de repensar esta realidade junto”, avaliou.
Segundo os números apresentados pelo governo, em relação aos royalties do regime de concessão para exploração de petróleo no mar os estados produtores recebem atualmente 26,25% e a partir de 2013 irão receber 20%. Os municípios produtores recebem 26,25% e irão receber 15% em 2013. Os municípios afetados recebiam 8,75% e irão receber 3% até 2016 e 2% a partir de 2017, para corrigir o erro da tabela do Congresso.
Os estados não produtores recebem 1,75% e passarão a receber 21% a partir de 2013. Esse índice vai aumentando progressivamente a cada ano até se estabilizar em 27% a partir de 2019. O mesmo acontece com os municípios não produtores, que atualmente recebem 7% dos royalties e irão receber 21% a partir do ano que vem. O índice vai aumentando até se estabilizar em 27% a partir de 2019. A parte da União, que atualmente recebe 30% dos royalties, cairá para 20% em 2013.
Ofensiva contrária
Enquanto isso, representantes dos municípios e dos estados não produtores queixam-se da decisão de Dilma e pregam a derrubada do veto no Congresso. O texto que chegou ao Palácio do Planalto foi aprovado após ser descumprida a orientação para a base aliada, o que significou uma derrota política para a presidenta e para seus articuladores.
“Conclamo as bancadas dos 25 estados e solicito ao Senador José Sarney para, na condição de presidente, marcar a reunião do Congresso para que possamos usar o nosso direito, consagrado pela vontade popular, que é o de legislar, para, com esta prerrogativa, derrubar o veto”, disse o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), por meio de nota.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), também defendeu que o Congresso Nacional derrube os vetos da presidenta. “O Congresso tem que reagir a esses vetos. A presidenta não participou das negociações, e agora o Congresso deve derrubar os vetos”, disse. “O governo atende os interesses da União, esquece os municípios, e o faz autoritariamente sem ouvir o Congresso”, completou.
Já o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, divulgou nota em apoio a uma “cruzada nacional” pela derrubada do veto. O documento ressalta que o acordo foi construído para evitar a apreciação do veto que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ao projeto aprovado pelo Congresso em 2010. A CNM diz que “não compreende”, portanto, a mudança de posição do governo, que ora descumpre o acordo firmado em outubro do ano passado.
A confederação considera “absurda” a justificativa do veto, fundamentada no argumento de quebra de contratos. De acordo com a CNM, a decisão manterá o “privilégio injustificado” de dois estados e 30 municípios, que receberão R$ 201 bilhões até o final de 2020, enquanto o restante do país, equivalente a 170 milhões de pessoas, terá direito a apenas R$ 17 bilhões. “É, portanto, inaceitável a perpetuação do modelo que promove tamanha concentração de recursos”.
Educação elogiada
Por parte de entidades da sociedade civil, houve elogios à decisão de destinar 100% dos recursos obtidos em futuras concessões para educação. Em nota, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, argumenta que a medida garantirá uma melhor aplicação de recursos. "O Brasil precisa universalizar o atendimento de creches e construir um sistema de educação em tempo integral que proporcione educação de qualidade a todos os brasileiros. Sempre digo que a educação é a forma de se dar oportunidades iguais às pessoas. O direcionamento dos royalties exclusivamente à educação trará também maior crescimento econômico. Ninguém pode ser contra algo que faça o Brasil crescer mais e que dê as mesmas oportunidades a todos os brasileiros", diz.
Também o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, considera salutar a medida, que ajuda, na visão dele, a reverter o histórico de concentração dos recursos do petróleo nacional nas mãos de poucas pessoas, retomando uma antiga bandeira da entidade, que defende a injeção de mais verbas públicas em educação. “Todo o desafio para desenvolver o país, para enfrentar as desigualdades, na nossa opinião ganhou um passo decisivo no dia de hoje. Porque o impacto que a destinação dos royalties, em 100% e ainda 50% do Fundo Social, do pré-sal para a educação vai poder implicar que na próxima década o Brasil enfrente, com muito mais força, desde o problema do analfabetismo até o problema da nossa soberania científica e tecnológica, desde valorizar o salário do professor até ampliar o número de vagas nas universidades. Então, [a medida] tem um alcance muito grande”.
Iliescu lembra que essa foi a principal luta do movimento estudantil nos últimos quatro anos, com diversos congressos, jornadas de luta, passeatas e a manifestação no Congresso Nacional, em 26 de junho, quando foi aprovado o Plano Nacional da Educação (PNE) que destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. O presidente da UNE diz que, com a decisão de hoje, a riqueza será canalizada para uma prioridade nacional.
“A decisão da presidenta Dilma foi muito sensata, porque não é uma decisão que privilegia uma área em detrimento de outra. Ela fez o investimento mais virtuoso. Cada real investido em educação a gente sabe que reverte muito em cultura, em saúde, em tecnologia, em segurança pública, em prevenção de droga e por aí vai. Apostamos muito que os efeitos da decisão da presidenta estão, talvez, entre as principais medidas que o Brasil adotou nos últimos 20 anos”.
O diretor Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), o físico Luiz Pinguelli Rosa, pensa que a decisão vai reverter uma aplicação inadequada dos recursos do petróleo por parte de alguns municípios. Pinguelli ocupou a presidência da Eletrobras durante parte do governo. Na Coppe, comandada por ele, a Petrobras mantém, em parceria com a UFRJ, o seu principal centro de pesquisa e desenvolvimento.
“Educação tem uma prioridade enorme, embora também haja necessidades na saúde, na ciência e na tecnologia. Mas é preferível aplicar tudo na área de educação do que a pulverização, como vinha ocorrendo antes. É preciso um esforço grande para que o Brasil retome o rumo de seu desenvolvimento industrial. Isso vai evitar as doenças do petróleo, de viver de renda e não prestar atenção ao futuro.”
O diretor da Coppe-UFRJ considerou justa a decisão de Dilma. “A presidenta, ao manter a distribuição dos recursos das áreas de concessão que já estão em vigor, favoreceu esses municípios. Ela foi salomônica. Foi uma decisão positiva, pois o que o Congresso havia aprovado era injusto.”

Cabral, principal articulador da campanha pelo veto, agradeceu a decisão de Dilma (Foto: Roberto Stuckert Filho. Arquivo Planalto)
NE e Fiesp elogiam decisão de destinar 100% dos royalties de novas concessões para educação e consideram que medida reverte injustiças históricas
São Paulo – A decisão da presidenta Dilma Rousseff de vetar parcialmente o Projeto de Lei 2.565, de 2011, foi elogiada por representantes de estados produtores de petróleo e por entidades da sociedade civil, enquanto parlamentares dos estados não produtores já se organizam para derrubar no Congresso a decisão do Executivo.
Em nota emitida na noite de ontem (30), logo após o anúncio pelos ministros de Dilma, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, agradeceu a decisão de não alterar a distribuição de royalties de petróleo sobre os contratos já assinados. Cabral foi o principal articulador da resistência ao texto aprovado pela Câmara, que desfigurou aquilo que havia sido acordado ainda no governo Lula com os estados produtores. No começo da semana, ele e o prefeito, Eduardo Paes, ambos do PMDB, convocaram uma manifestação que contou com a participação de 200 mil pessoas.
O governador voltou a afirmar, na ocasião, que a organização da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 seriam prejudicadas caso Dilma mantivesse o texto enviado pelo Legislativo. Nos cálculos dele, o estado perderia R$ 2,07 bilhões em 2013, e um total de R$ 77 bilhões até 2020. “O anúncio pelo governo federal de que foram vetados todos os dispositivos do projeto de lei que implicavam em mudanças de regras de contratos já celebrados é a confirmação de que no Brasil vigora o Estado Democrático de Direito. O Rio de Janeiro agradece à presidenta Dilma”, comemora Cabral.
Além do veto parcial, a medida provisória que será editada pelo governo retoma a obrigatoriedade de que 100% dos recursos obtidos com os royalties de todas as concessões realizadas a partir de sua promulgação sejam destinados à educação, assim como 50% dos rendimentos obtidos pelo Fundo Social a ser alimentado com parte dos recursos provenientes da exploração do pré-sal.
“Coerência e coragem foram características desta decisão. Ela preserva contratos e a segurança jurídica”, disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, outro estado que se sentia prejudicado pelo texto aprovado no Congresso. Na opinião dele, a decisão mostra ainda que o Legislativo não pode fazer leis que alterem contratos que já estão em vigor e que isso não será tolerado pelo governo. “O Congresso já recebeu um veto do ex-presidente Lula e agora recebe também da presidenta Dilma. Esses dois vetos apontam claramente o impedimento de rompimento de contratos. O Congresso tem o todo o direito de mudar a distribuição para frente, mas não para trás”, argumentou.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também comemorou o veto ao artigo que mudava a regra de distribuição dos royalties em contratos antigos. “Ela respeita contratos anteriores, mas aceita as regras novas do Congresso Nacional daqui por diante. É uma vitória para a gente, mas também uma postura muito equilibrada”, disse.
Assim como eles, a primeira vice-presidenta da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), apoiou o veto e disse que não há desarmonia entre o os Poderes Executivo e Legislativo. Ela ressaltou que a presidenta Dilma manteve as alterações na distribuição dos royalties nos novos contratos, como determinou o Congresso Nacional. “Todo mundo vai ter de repensar esta realidade junto”, avaliou.
Segundo os números apresentados pelo governo, em relação aos royalties do regime de concessão para exploração de petróleo no mar os estados produtores recebem atualmente 26,25% e a partir de 2013 irão receber 20%. Os municípios produtores recebem 26,25% e irão receber 15% em 2013. Os municípios afetados recebiam 8,75% e irão receber 3% até 2016 e 2% a partir de 2017, para corrigir o erro da tabela do Congresso.
Os estados não produtores recebem 1,75% e passarão a receber 21% a partir de 2013. Esse índice vai aumentando progressivamente a cada ano até se estabilizar em 27% a partir de 2019. O mesmo acontece com os municípios não produtores, que atualmente recebem 7% dos royalties e irão receber 21% a partir do ano que vem. O índice vai aumentando até se estabilizar em 27% a partir de 2019. A parte da União, que atualmente recebe 30% dos royalties, cairá para 20% em 2013.
Ofensiva contrária
Enquanto isso, representantes dos municípios e dos estados não produtores queixam-se da decisão de Dilma e pregam a derrubada do veto no Congresso. O texto que chegou ao Palácio do Planalto foi aprovado após ser descumprida a orientação para a base aliada, o que significou uma derrota política para a presidenta e para seus articuladores.
“Conclamo as bancadas dos 25 estados e solicito ao Senador José Sarney para, na condição de presidente, marcar a reunião do Congresso para que possamos usar o nosso direito, consagrado pela vontade popular, que é o de legislar, para, com esta prerrogativa, derrubar o veto”, disse o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), por meio de nota.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), também defendeu que o Congresso Nacional derrube os vetos da presidenta. “O Congresso tem que reagir a esses vetos. A presidenta não participou das negociações, e agora o Congresso deve derrubar os vetos”, disse. “O governo atende os interesses da União, esquece os municípios, e o faz autoritariamente sem ouvir o Congresso”, completou.
Já o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, divulgou nota em apoio a uma “cruzada nacional” pela derrubada do veto. O documento ressalta que o acordo foi construído para evitar a apreciação do veto que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ao projeto aprovado pelo Congresso em 2010. A CNM diz que “não compreende”, portanto, a mudança de posição do governo, que ora descumpre o acordo firmado em outubro do ano passado.
A confederação considera “absurda” a justificativa do veto, fundamentada no argumento de quebra de contratos. De acordo com a CNM, a decisão manterá o “privilégio injustificado” de dois estados e 30 municípios, que receberão R$ 201 bilhões até o final de 2020, enquanto o restante do país, equivalente a 170 milhões de pessoas, terá direito a apenas R$ 17 bilhões. “É, portanto, inaceitável a perpetuação do modelo que promove tamanha concentração de recursos”.
Educação elogiada
Por parte de entidades da sociedade civil, houve elogios à decisão de destinar 100% dos recursos obtidos em futuras concessões para educação. Em nota, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, argumenta que a medida garantirá uma melhor aplicação de recursos. "O Brasil precisa universalizar o atendimento de creches e construir um sistema de educação em tempo integral que proporcione educação de qualidade a todos os brasileiros. Sempre digo que a educação é a forma de se dar oportunidades iguais às pessoas. O direcionamento dos royalties exclusivamente à educação trará também maior crescimento econômico. Ninguém pode ser contra algo que faça o Brasil crescer mais e que dê as mesmas oportunidades a todos os brasileiros", diz.
Também o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, considera salutar a medida, que ajuda, na visão dele, a reverter o histórico de concentração dos recursos do petróleo nacional nas mãos de poucas pessoas, retomando uma antiga bandeira da entidade, que defende a injeção de mais verbas públicas em educação. “Todo o desafio para desenvolver o país, para enfrentar as desigualdades, na nossa opinião ganhou um passo decisivo no dia de hoje. Porque o impacto que a destinação dos royalties, em 100% e ainda 50% do Fundo Social, do pré-sal para a educação vai poder implicar que na próxima década o Brasil enfrente, com muito mais força, desde o problema do analfabetismo até o problema da nossa soberania científica e tecnológica, desde valorizar o salário do professor até ampliar o número de vagas nas universidades. Então, [a medida] tem um alcance muito grande”.
Iliescu lembra que essa foi a principal luta do movimento estudantil nos últimos quatro anos, com diversos congressos, jornadas de luta, passeatas e a manifestação no Congresso Nacional, em 26 de junho, quando foi aprovado o Plano Nacional da Educação (PNE) que destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. O presidente da UNE diz que, com a decisão de hoje, a riqueza será canalizada para uma prioridade nacional.
“A decisão da presidenta Dilma foi muito sensata, porque não é uma decisão que privilegia uma área em detrimento de outra. Ela fez o investimento mais virtuoso. Cada real investido em educação a gente sabe que reverte muito em cultura, em saúde, em tecnologia, em segurança pública, em prevenção de droga e por aí vai. Apostamos muito que os efeitos da decisão da presidenta estão, talvez, entre as principais medidas que o Brasil adotou nos últimos 20 anos”.
O diretor Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), o físico Luiz Pinguelli Rosa, pensa que a decisão vai reverter uma aplicação inadequada dos recursos do petróleo por parte de alguns municípios. Pinguelli ocupou a presidência da Eletrobras durante parte do governo. Na Coppe, comandada por ele, a Petrobras mantém, em parceria com a UFRJ, o seu principal centro de pesquisa e desenvolvimento.
“Educação tem uma prioridade enorme, embora também haja necessidades na saúde, na ciência e na tecnologia. Mas é preferível aplicar tudo na área de educação do que a pulverização, como vinha ocorrendo antes. É preciso um esforço grande para que o Brasil retome o rumo de seu desenvolvimento industrial. Isso vai evitar as doenças do petróleo, de viver de renda e não prestar atenção ao futuro.”
O diretor da Coppe-UFRJ considerou justa a decisão de Dilma. “A presidenta, ao manter a distribuição dos recursos das áreas de concessão que já estão em vigor, favoreceu esses municípios. Ela foi salomônica. Foi uma decisão positiva, pois o que o Congresso havia aprovado era injusto.”
Anonymous
Fonte : Exame.com

Síria sofreu um apagão de comunicação na quinta-feira quando a conexão de Internet parou ao meio-dia
Beirute - O grupo global de hacking Anonymous disse que vai desligar websites do governo sírio ao redor do mundo em resposta ao apagão de Internet em todo o país que o grupo acredita ter sido para silenciar a oposição ao presidente, Bashar al-Assad.
A Síria sofreu um apagão de comunicação na quinta-feira quando a conexão de Internet parou ao meio-dia. Linhas de telefone fixo e celulares também foram seriamente afetadas.
O governo sírio disse que "terroristas" atacaram as linhas de Internet, mas a oposição e grupos de direitos humanos suspeitam que se trate de trabalho das autoridades.
O grupo Anonymous, uma associação de grupos de hackers que se opõe à censura na Internet, disse que vai remover todos os ativos da web pertencentes ao governo de Assad fora da Síria, começando com embaixadas.
Às 8h desta sexta-feira (horário de Brasília) o site da embaixada da Síria na Bélgica havia caído, mas o da embaixada na China, que seria o primeiro alvo, segundo o Anonymous, continuava operando.
A maioria dos sites ministeriais estava fora do ar, mas isso também pode ser devido ao apagão.

Síria sofreu um apagão de comunicação na quinta-feira quando a conexão de Internet parou ao meio-dia
Beirute - O grupo global de hacking Anonymous disse que vai desligar websites do governo sírio ao redor do mundo em resposta ao apagão de Internet em todo o país que o grupo acredita ter sido para silenciar a oposição ao presidente, Bashar al-Assad.
A Síria sofreu um apagão de comunicação na quinta-feira quando a conexão de Internet parou ao meio-dia. Linhas de telefone fixo e celulares também foram seriamente afetadas.
O governo sírio disse que "terroristas" atacaram as linhas de Internet, mas a oposição e grupos de direitos humanos suspeitam que se trate de trabalho das autoridades.
O grupo Anonymous, uma associação de grupos de hackers que se opõe à censura na Internet, disse que vai remover todos os ativos da web pertencentes ao governo de Assad fora da Síria, começando com embaixadas.
Às 8h desta sexta-feira (horário de Brasília) o site da embaixada da Síria na Bélgica havia caído, mas o da embaixada na China, que seria o primeiro alvo, segundo o Anonymous, continuava operando.
A maioria dos sites ministeriais estava fora do ar, mas isso também pode ser devido ao apagão.
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