Nada justifica termos que conviver com imagens e fatos desse tipo. Será que a situação na Faixa de Gaza não pode ser classificada também como um Holocausto.
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O corpo do menino palestino Walid Abdallah, de 2 anos, morto em um ataque israelense é velado em Khan Yunis (AFP, Said Khatib)
Soldados israelenses ocupam uma posição entre Israel e Síria, nas Colinas de Golã (AFP, Str)
GAZA — Israel matou sete pessoas nesta quinta-feira em ataques aéreos a Gaza e três israelenses faleceram após a explosão de um foguete no sul de Israel, no segundo dia de uma ofensiva militar do Estado hebreu contra o território palestino.
Cinco vítimas pertenciam às Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas no poder em Gaza, segundo um comunicado desta organização.
As outras duas pessoas falecidas são um homem de 60 anos de Beit Lahiya (norte de Gaza) e um menino de Khan Yunis (sul).
Desde o início da operação militar chamada de "Pilar de Defesa", que começou na quarta-feira com o assassinato do chefe militar do Hamas Ahmed Jaabari, as forças israelenses mataram 15 pessoas e feriram outras 150, de acordo com fontes médicas e do Hamas.
O funeral de Ahmed Jaabari começou pela manhã na presença de centenas de pessoas, entre as quais dezenas de combatentes do Hamas, constatou a AFP.
Em Israel, "três pessoas morreram (...) atingidas por um foguete Grad disparado contra um prédio residencial em Kiryat Malachi", declarou à AFP o porta-voz da Polícia israelense Micky Rosenfeld. Também houve 16 feridos, segundo a polícia e fontes médicas.
A polícia informou sobre salvas de foguetes disparados a partir de Gaza caindo incessantemente no sul de Israel, em particular nas cidades de Ashod, Ashkelon, Gan Yavné, Kiryat Gat e Bersheeva, a "capital" do Neguev, a 40 quilômetros do território palestino, provocando danos materiais.
As aulas nas escolas foram suspensas em todas as localidades do sul de Israel que se encontram em um raio de 40 quilômetros da Faixa de Gaza.
Os serviços israelenses de defesa pediram que a população se mantenha perto dos abrigos e evitar qualquer reunião.
O Exército israelense informou ter disparado na madrugada desta quinta-feira "uma centena de foguetes de médio e longo alcance", dizendo ter provocado grandes danos na capacidade do Hamas de disparar foguetes.
Relatou ainda que a aviação atacou grupos que se preparavam para disparar foguetes contra o sul de Israel e que os tanques também dispararam.
Desde a tarde de quarta-feira, a força aérea israelense atingiu "por volta de 225 alvos" em Gaza e caíram "pelo menos 138 foguetes" disparados a partir do território palestino em direção ao sul de Israel, segundo uma porta-voz do Exército.
As Brigadas Ezzedin al-Qassam reivindicaram o disparo de ao menos 100 foguetes contra Israel, tendo como alvo, sobretudo, Telaviv, embora o exército israelense tenha desmentido qualquer disparo em direção à metrópole israelense.
A polícia indicou que centenas de seus funcionários foram mobilizados "em todos os setores sensíveis do território israelense" para evitar eventuais atentados.
O ministro israelense da Educação, Guideón Saar, próximo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, indicou à rádio pública israelense que "não havia sido tomada nenhuma decisão quanto a lançar uma operação terrestre contra a Faixa de Gaza".
Segundo Saar, "não se descarta tal operação e o Exército está pronto".
Na quarta-feira à noite na ONU, a embaixadora americana Susan Rice reafirmou o apoio dos Estados Unidos a Israel diante dos ataques brutais do Hamas.
O Egito, que havia contribuído para acalmar a situação na véspera, após três dias de confrontos, convocou os Estados Unidos a intervir imediatamente para que Israel interrompa seus ataques contra Gaza.
O presidente egípcio, Mohamed Mursi, chamou para consultas seu embaixador em Israel e convocou a Liga Árabe a organizar uma reunião de urgência dos ministros das Relações Exteriores da região.
Já o Irã classificou nesta quinta-feira de "terrorismo organizado" o ataque militar realizado por Israel contra a Faixa de Gaza e denunciou o "silêncio das organizações internacionais".
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